Combate às drogas

Suzano Almeida, da Agência Brasília

O secretário de Justiça do DF, Alírio Neto, ministrou na tarde de hoje (12/09) a aula inaugural do Curso de Extensão na Formação de Palestrantes na Prevenção ao Uso Indevido de Álcool e Outras Drogas, que aconteceu no Salão Nobre do Palácio do Buriti. Quarenta pessoas, entre servidores e representantes da sociedade civil, serão capacitadas para dar palestras na rede pública e particular de ensino do Distrito Federal.
 

Para o secretário, a melhor forma de combate às drogas é a prevenção, já que o tráfico sobrevive da lei da oferta e da procura. Na aula, Alírio Neto também destacou que a prevenção, juntamente com a recuperação e a repressão, faz parte do Plano de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado pelo governador Agnelo Queiroz no final de agosto. “A dependência não tem cura, ela tem controle”, frisou Alírio Neto, que ainda destacou a criação no Distrito Federal de mais 250 leitos em comunidades terapêuticas para o auxílio na recuperação de dependentes químicos.
 

Desde o início do ano, mais de 20 mil alunos participaram de palestras preventivas no combate as drogas. Até o fim do ano, estima-se que o número chegue a 100 mil. Além das escolas, o subsecretário de Políticas sobre Drogas no DF, Aldi Roldão, acredita que os novos palestrantes também possam atuar associações, igrejas e empresas.
 

O curso tem duração de 16 dias e partir de amanhã as aulas acontecem na Faculdade Jesus, Maria, José (Fajesus), em Taguatinga Norte, das 8h às 12h, de segunda a sexta-feira. O curso faz parte do projeto “Viva Vida! Droga Comigo Não Rola” da Secretaria de Justiça.
 

CONTEÚDO – O conteúdo das palestras engloba toda a política nacional e distrital sobre drogas; o tratamento na adolescência; o que são drogas; os efeitos no corpo, na mente e na vida social das pessoas. Inclui ainda o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social.
 

A abordagem dos alunos e feita de forma descontraída, quebrando a resistência dos jovens, seja apresentando situações cômicas ou impactantes.
 

“A palestra é feita de forma propositiva, atrativa, quase teatral, para que não se torne algo antipático. Como estamos lidando com jovens, corremos o risco de não chamar a atenção e consequentemente não provocar uma reflexão”, considerou Alírio Neto.
 

O método apresentado pela secretaria é avaliado pelos próprios alunos e chega aos 86% de aprovação.