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19/09/2011 às 03:00
Lançado no Museu Nacional, filme conta parte importante da história de vida do idealizador de Brasília
Dalila Góes, da Agência Brasília
Na noite desde domingo (18/09), Brasília ficou um pouco mais íntima da história de Juscelino Kubitschek. No documentário JK no exílio, exibido no Museu Nacional, foi possível conhecer a angústia do ex-presidente no período em que ele viveu na França, por imposição da ditadura militar dos anos 1970. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, acompanhado da primeira dama, Ilza Queiroz, prestigiou o filme que encerrou no Distrito Federal as comemorações da semana JK. Se estivesse vivo, Juscelino Kubitschek completaria 109 anos no último dia 12 de setembro.
“O banimento, o exílio em Paris, foi um dos momentos mais cruéis da vida de Juscelino. Vejo neste documentário um resgate importantíssimo de uma história que a maioria da população sequer conhece”, refletiu o governador. Agnelo Queiroz também destacou que “os opositores mais raivosos de JK foram derrotados, pois hoje Brasília é uma das capitais mais belas do mundo e também patrimônio cultural da humanidade”.
O documentário é uma produção franco-brasileira de 51 minutos, tem locações em Paris, Brasília e Rio de Janeiro, e foi filmado de 2008 até o final do ano passado. De acordo com o produtor Charles Cesconetto, a intenção é aproximar os espectadores do homem-mito e também abrir uma reflexão sobre o que é o exílio. Já para o diretor Bertrand Tesson, a fita é inclusive uma oportunidade de se fazer justiça com a integridade e vida política de Juscelino, acusado à época de ser o sétimo homem mais rico do país. “Ele nunca perdeu a esperança de um dia voltar ao Brasil. É emocionante ver isso em cartas, memórias e conversas com amigos”, deferiu.
Detalhes da vida de JK, à época em que teve seu mandato cassado, são revelados no filme por pessoas próximas a Juscelino. A principal delas é a ex-secretária Maria Alice Gomes Berengas, atualmente com 88 anos. Também há depoimentos do jornalista Carlos Heitor Cony, do coronel Affonso Heliodoro, um dos melhores amigos de JK e morador de Brasília, e da filha Maria Estela Kubitschek.
Também estiveram presentes na exibição do documentário familiares do ex-presidente Juscelino Kubitschek; a presidente do Memorial JK, Anna Christina Kubitschek; o senador Rodrigo Rollemberg; o embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima e a embaixatriz Lúcia Flecha de Lima e o embaixador da França no Brasil, Yves Edouard Saint-Geours.