07/10/2011 às 03:00

Saúde descarta epidemia

Diretoria de Vigilância Epidemiológica investiga infecção pela bactéria Streptococcus pyogenes. Casos ocorreram em diferentes regiões do DF

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Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (07/10), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal descartou a possibilidade de Brasília estar atravessando uma epidemia de contaminação pela bactéria Streptococcus pyogenes. De acordo com a Secretaria, foram cinco as mortes por complicação relacionadas ao micro-organismo, sendo a última a de uma menina de 11 anos que faleceu na terça-feira (04/11). O Secretário de Saúde, Rafael Barbosa, reforçou que os casos aconteceram em diferentes regiões da cidade (Taguatinga, Guará e Lago Sul) e que estão sendo investigados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep-DF).

“A detecção e o diagnóstico rápidos foram fundamentais para este alerta. Não estamos em estado de emergência. Mas as pessoas que sentem febre, tosse, dor de cabeça, dor de garganta e dores no corpo desde o dia 1º de setembro, devem procurar por atendimento médico, pois os sintomas são semelhantes à de uma gripe comum”, recomendou o secretário.

Para os técnicos da Secretaria, é difícil prevenir as contaminações por Streptococcus pyogenes, já que a bactéria tem grande circulação e atinge até 15% da população. “Mas é importante destacar que apesar de ter a bactéria, seja na garganta ou em qualquer outro órgão, essas pessoas não manifestam qualquer infecção ou sintoma”, informou a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Sônia Maria Geraldes.

 

O Ministério da Saúde informou que está monitorando o Distrito Federal, mas que os casos são atípicos e que a população não precisa ficar em pânico. Na opinião do diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, quem deve se manter alerta total é a comunidade médica. “Os profissionais que atenderem pessoas com os sintomas de infecção nas emergências dos hospitais devem prestar atenção para fazer esse diagnóstico. O surgimento de variantes mais agressivas de uma bactéria não é um fenômeno incomum, mas normalmente esses agentes muito severos desaparecem rapidamente”, tranqüilizou.

O tratamento normalmente é feito com penicilina, da forma mais tradicional. Mas a higiene é fundamental para o combate ao micro-organismo. “É importante lavar as mãos depois de usar o banheiro e antes das refeições. Não levar as mãos sujas à boca e nem coçar os olhos. São atos simples que muitas vezes passam despercebidos. Se puder, use o álcool em gel nas mãos”, recomendou o secretário Rafael Barbosa.

 

ATENÇÃO:
O QUE É: Streptococcus pyogenes: bactéria simples presente em até 15% da população. Principal causadora de faringite e atinge principalmente as crianças.
CONTÁGIO: Por vias respiratórias ou doenças de pele
TRATAMENTO: Os remédios receitados variam nos casos de meningite, dor de garganta, febre, faringite ou amigdalite. Normalmente as substâncias usadas são penicilina e ceftriaxona.

Diante de um caso, os médicos devem notificar imediatamente os núcleos de vigilância epidemiológica.