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26/10/2011 às 03:00, atualizado em 12/05/2016 às 18:04
Levantamento divulgado por Dieese e GDF indica aumento de quase 3% no rendimento médio dos trabalhadores do DF
Victor Ribeiro, da Agência Brasília
O rendimento médio dos trabalhadores do Distrito Federal subiu 2,9% no mês de agosto, em relação a julho deste ano. O resultado está na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do mês de setembro, divulgada nesta quarta-feira (26/10) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), pela Secretaria de Trabalho do DF (Setrab) e pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em agosto, os trabalhadores do DF receberam, em média, R$ 2.087, o que representa aumento de 2,9% em relação ao salário médio de R$ 2.029 recebido em julho. Para os assalariados, o rendimento médio subiu 2,2%, para R$ 2.240, sendo que, no setor privado, os que não possuem carteira assinada tiveram aumento de 3,2% e os que possuem registraram acréscimo de 1,0%. Para os autônomos, o aumento médio ficou em 1,1%.
Os técnicos comemoraram esses números e chamaram atenção para a redução da desigualdade de rendimentos entre os 25% mais ricos e os 25% mais pobres da população economicamente ativa. Entre todos os trabalhadores ocupados, a renda dos mais pobres subiu 4,9% nos últimos 12 meses, enquanto a dos mais ricos recuou 0,5%. Entre os assalariados, os 25% mais pobres apresentaram aumento de 3,5% no rendimento médio real, enquanto os 25% mais ricos tiveram redução de 2,8%.
“Isso é bastante positivo”, destacou a presidente da Codeplan, Ivelise Longhi. “Como o DF tem uma renda maior que a das demais regiões metropolitanas, consideramos fundamental a questão da redução da desigualdade”, completou.
Os analistas também viram como animadora a redução do tempo médio de procura por trabalho, de 47 semanas, em agosto de 2010, para 44 semanas, em agosto deste ano.
Desemprego estável – O índice de desemprego ficou próximo à estabilidade, apresentando discreta variação de 0,2 ponto percentual, passando de 12,3% da população economicamente ativa (PEA) em agosto para 12,5% em setembro. É o mais baixo nível de desemprego para setembro nos últimos 19 anos.
“A estabilidade da taxa de desemprego é boa, mas nos faz refletir sobre o que podemos fazer para garantir a criação de novas ocupações”, avaliou Ivelise Longhi.
“O índice de desemprego pode parecer negativo, mas não é, porque a taxa registrou quedas sucessivas desde maio”, afirmou o analista do Dieese Daniel Bruno Biagioni. Ele explicou ainda que, enquanto o número de pessoas sem emprego ficou estável pelo segundo mês no DF, a estabilidade já ocorre há seis meses na maioria das outras seis regiões metropolitanas pesquisadas.
Na comparação com setembro de 2010, o desemprego também caiu levemente, em 0,2 ponto percentual.
O Distrito Federal fechou o mês passado com 176 mil pessoas desempregadas, 3 mil a mais do que em agosto, devido a diferença entre o crescimento da PEA e o das vagas de emprego. No período, houve a geração de 2 mil postos de trabalho, enquanto 5 mil pessoas entraram no mercado.
Crescimento da construção civil – Enquanto os setores de comércio e administração pública permaneceram estáveis na geração de vagas, a construção civil criou 2 mil novos postos de trabalho – o que atingiu 2,8% da PEA. Já o agregado dos outros setores cresceu 2,1%, também criando 2 mil postos de trabalho. Houve ainda redução de 2 mil vagas no setor de serviços (-0,3%) e de mil postos na indústria (-2,1%).
De acordo com Daniel Biagioni, avaliar a variação da criação de empregos por setores é fundamental para compreender a dinâmica do mercado. “O setor de serviços reúne 50% dos trabalhadores do Distrito Federal, enquanto o de indústria concentra 4%. Então, uma mesma variação percentual causa impacto diferente em cada setor”, explicou.
Qualificação profissional – Ainda segundo o analista do Dieese, a instituição está finalizando um perfil da população desempregada. Ele revelou que o desemprego se concentra às margens da pirâmide etária da PEA, que leva em consideração a população a partir de 10 anos de idade. “O desemprego atinge os mais jovens e os mais velhos. A população jovem prefere se qualificar em vez de trabalhar, enquanto os mais velhos estão se retirando do mercado”, disse.
Uma das soluções para os mais novos é participar de programas de qualificação profissional. O subsecretário de Ocupação e Renda da Setrab, Max Coelho, lembrou que o GDF já oferece qualificação profissional para quem quiser trabalhar nos grandes eventos esportivos, o Qualificopa, que vai abrir 32 mil vagas em cursos até 2016. Nessa primeira etapa, houve mais de 9 mil inscritos: 800 se formam na próxima segunda-feira (31/10) e outros 1,1 mil serão convocados na semana que vem.
“Temos ainda o programa de concessão de microcrédito, para incentivar outros segmentos da população que vivem de atividades produtivas. Para isso, mapeamos as 16 áreas mais vulneráveis do Distrito Federal, onde serão concentradas as nossas ações prioritárias”, anunciou Max Coelho.