22/08/2012 às 20:43, atualizado em 17/05/2016 às 14:19

Riacho Fundo 2, exemplo de limpeza e conservação

Na série de entrevistas semanais com administradores regionais, Geralda Godinho Sales enumera à AGÊNCIA BRASÍLIA as ações de urbanização, manutenção e limpeza da cidade

Por Ailane Silva, da Agência Brasília


. Foto: Pedro Ventura

No cargo desde 1º de janeiro de 2011, a administradora regional do Riacho Fundo 2, Geralda Godinho Sales, conta que a cidade possui lixeiras para coleta seletiva de plástico, papel, vidro e material orgânico e que o recolhimento do lixo é feito diariamente. Por isso, possui o título de cidade mais limpa do Distrito Federal. Segundo ela, o Riacho Fundo 2 também ganhou cerca de 40 obras de infraestrutura e vem recebendo serviços de urbanização.

Qual a principal realização promovida na cidade durante a sua gestão?

Acredito que a inauguração de uma Agência do Trabalhador, em 1º de maio de 2012, Dia do Trabalhador, foi uma das ações mais importantes. O local onde ela funciona era uma construção abandonada há quatro anos, que abrigaria uma delegacia de polícia. Mas, pelo fato de a obra não atender aos padrões exigidos para uma delegacia, ficou parada. Agora, chegam a ser atendidas até 300 pessoas por dia em busca de oportunidades de emprego ou de fazer a Carteira de Trabalho e Previdência Social. A agência também promoverá cursos de capacitação. Essa é uma parceria com as secretarias de Trabalho e de Educação do Distrito Federal.

Como funciona o projeto Quadra Limpa?

Nós escolhemos uma quadra e passamos de 15 a 30 dias promovendo ações de limpeza e manutenção do espaço. Além disso, durante esse tempo, são realizadas orientações sobre coleta seletiva, palestras sobre como produzir sabão caseiro com óleo de cozinha usado, oficinas de reciclagem e atendimento odontológico com aplicação de flúor. Esse trabalho, já realizado em 21 quadras, pretende conscientizar a população sobre a conservação dos equipamentos públicos e a sustentabilidade. Paralelamente, instalamos 15 lixeiras com coletores seletivos de plástico, papel, vidro e lixo orgânico. Algumas associações já fazem a coleta seletiva, mas o trabalho ainda está sendo implantado. Também foram afixadas 30 placas indicativas de locais onde é proibido jogar lixo e entulho. Outro serviço é a retirada diária de entulho, que chega a somar 10 toneladas no fim do dia. Com todo esse trabalho, ganhamos o título de cidade mais limpa do DF.

Há incentivos para que a população tenha lazer e pratique esportes?

Várias obras são direcionadas para essa finalidade. A comunidade recebeu duas quadras poliesportivas e um campo de futebol de grama sintética, quatro Pontos de Encontro Comunitário (PECs), sete parques infantis e pista de skate. Além disso, 10 praças foram construídas – oito delas em becos antes utilizados para jogar lixo ou como atalho por motoristas. Hoje, esses locais estão limpos, urbanizados e oferecem lazer para a população. Fizemos ainda a reforma de quatro quadras poliesportivas e de 11 parques infantis. Também colocamos cobertura das quadras de esporte do Centro de Ensino Fundamental 1 e da Escola Classe 2 para proteger os estudantes do sol e da chuva.

Quais são os investimentos para a infraestrutura?

O Riacho Fundo 2 tinha muitos pontos escuros e, desde o ano passado, estamos fazendo um forte investimento para melhorar essa realidade. Só em 2011, cerca de R$ 300 mil foram aplicados na instalação de novos postes e luminárias. Este ano, serão mais R$ 340 mil. Outro grande avanço foi a construção de 10 mil metros de calçadas, a maior parte na ligação entre os setores norte, central e sul. Outra parcela foi construída com total acessibilidade na quadra destinada a pessoas com deficiência. Lá, rampas e piso tátil facilitam a locomoção dos pedestres. A comunidade também ganhou um posto policial da Polícia Militar e Restaurante Comunitário, o segundo mais frequentado do DF – cerca de 3 mil pessoas almoçam lá diariamente. Além disso, também foram urbanizadas duas rotatórias e houve o recuo de baias de ônibus.

Quais os próximos projetos?

Está em andamento a construção de mais de 13 mil unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha vida. Estes locais já recebem infraestrutura necessária para atender aos futuros moradores. Em 2013, está prevista a inauguração das obras do Veículo Leve sobre Pneus (VLP), que atenderá as comunidades do Riacho Fundo, Recanto das Emas, Conglomerados Agrourbanos de Brasília (CAUB) 1 e 2, Gama e outras regiões. Estamos trabalhando para ter campo oficial com gramado sintético, terminal rodoviário, centro semiolímpico e centro cultural, com cinema, teatro, biblioteca pública, entre outros equipamentos. Outra novidade para a população será a implantação da feira definitiva, hoje funcionando em espaço provisório. O projeto está em andamento e atenderá aos 66 feirantes que trabalham na cidade vendendo hortifrutigranjeiros, alimentação, vestuário, entre outros.