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14/10/2012 às 17:22, atualizado em 17/05/2016 às 14:12
Capacitação de professores, melhorias nas unidades de ensino e valorização da gestão democrática. Esses foram alguns dos investimentos priorizados pelo governo na educação pública do DF
Professor de carreira da Secretaria de Educação, o titular da pasta, Denilson Bento da Costa, acredita que a atenção aos profissionais da rede e a ampliação e qualificação do acesso às unidades de ensino são passos fundamentais para transformar o DF em referência nacional. Em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, o secretário destaca as principais iniciativas empreendidas pelo governo na área de Educação e cita alguns desafios para o futuro.
Esse é um governo preocupado com o desenvolvimento intelectual dos professores. A secretaria vem investindo em capacitação?
Sim, em formação inicial e continuada. Para os ingressantes, é ministrado curso de integração na carreira do magistério. Em parceria com a Universidade de Brasília, promovemos cursos de graduação. Oferecemos a primeira licenciatura aos professores da rede que não possuem ensino superior e a segunda àqueles que são licenciados em disciplinas extintas no campo da educação. Cerca de 560 professores estão sendo contemplados. Ainda em parceria com a UnB, temos 700 docentes cursando especialização em coordenação pedagógica. Além disso, vamos concluir, no segundo semestre, 60 cursos iniciados este ano na Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação. São cursos em diversas áreas do conhecimento, que já formaram 11 mil professores. E, em janeiro, vamos enviar 20 professores para um intercâmbio de seis semanas em universidades dos Estados Unidos. É um convênio com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do Ministério da Educação, e com o Conselho Nacional de Secretários de Educação. O processo seletivo está aberto para docentes da língua inglesa.
Quais os principais benefícios previstos para os professores da rede pública de ensino?
O governo vem tratando com o sindicato da categoria sobre a reestruturação da carreira. Estão previstas melhorias nas condições de trabalho, como redução do número de alunos em sala de aula. Para composição do quadro, já convocamos quase 2 mil professores. E ainda vamos abrir mais concursos públicos em áreas como geografia, educação artística, orientação educacional, entre outras. Nossa meta é substituir gradativamente os contratos temporários. Essas são conquistas dos próprios professores, viabilizadas por políticas públicas adotadas pelo governo.
E os professores temporários, eles se enquadram nessas políticas públicas?
A atual gestão mudou a forma de contratação desses profissionais. Hoje, eles são tratados com os mesmos direitos dos concursados, inclusive no quesito salarial. Tínhamos professores temporários com salários mais baixos, mas, a partir deste ano, o governo igualou esses valores. E, para novembro, está prevista a abertura de edital para contratos temporários. Uma média de 20% do quadro de professores é composta por temporários, que são profissionais importantes para o sistema de ensino em todo o Brasil.
Que balanço o senhor faz das melhorias no ensino infantil?
A educação básica é uma das nossas prioridades. Temos a meta de universalizar o ensino para crianças de 4 e 5 anos, pois há uma demanda grande dessa faixa etária nas escolas em todo o país. Outro desafio é ampliar as vagas para crianças de 0 a 3 anos com a construção de 200 creches públicas até 2015. Já entregamos três: em Brazlândia, São Sebastião e iniciamos as obras de uma unidade em Sobradinho II. Também estamos investindo na instalação de 200 parques dentro das escolas, com brinquedotecas e salas de leitura, e até 2013 vamos colocar um profissional de educação física na educação infantil. A secretaria está ampliando, ainda, a permanência dos alunos nas escolas, caminhando rumo à educação integral. Esses mesmos alunos estão recebendo mais de uma refeição nas escolas. São melhorias que têm impacto direto no aprendizado.
E o ensino fundamental? Como está a atenção da secretaria aos estudantes do 1º ao 9º ano?
O ensino fundamental está passando por reformas na questão curricular. No ano letivo de 2013, apresentaremos um novo currículo para a rede pública de ensino, em todos os níveis, incluindo o ensino médio. O DF já ocupa uma posição importante em termos de investimentos na qualidade do ensino fundamental, especialmente nos anos iniciais. As mudanças na grade vão, portanto, trazer mais avanços. Os professores desses níveis também estão sendo qualificados, e estamos promovendo ações pedagógicas como circuitos de ciências e metodologias inovadoras no ensino das disciplinas. Nosso objetivo, com a mudança no currículo, é integrar as matérias para que o aluno tenha um aproveitamento melhor. Não tenho dúvida de que, com isso, alcançaremos resultados promissores.
O senhor poderia fazer uma avaliação da retomada da gestão democrática nas escolas públicas do Distrito Federal?
A eleição de diretores e conselheiros escolares na rede pública de ensino teve uma repercussão muito positiva, pois é um processo que confere mais respeito e autonomia às unidades escolares. Contamos com mais de 1,2 milhões de votos e a participação de 260 mil pessoas das comunidades. Apenas 23 das 652 escolas não concluíram o processo de eleição, que será retomado nessas unidades até o início de dezembro. Os diretores e conselheiros eleitos estão fazendo curso de capacitação sobre gestão pedagógica e de pessoas e recebendo aulas sobre aspectos legais e administrativos, por exemplo. Para completar, a secretaria, a pedido do governador Agnelo, encaminhou R$ 60 milhões para que as escolas invistam em melhorias. Com isso, estamos descentralizando recursos para que as unidades de ensino os utilizem conforme suas próprias necessidades. Isso é gestão democrática. Significa educação inclusiva e participativa, e isso vai ao encontro do desejo de educadores e da própria comunidade.