Procura pela vacina contra o HPV ainda é baixa

Ainda é baixa a procura pela vacina contra o HPV (vírus do papiloma humano), principal causador do câncer de colo do útero. No Distrito Federal, a ação começou em 3 de março, quase uma semana antes da mobilização nacional, na segunda-feira (10). De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, cerca de 100 meninas buscaram as unidades para receber a dose da vacina.

A campanha é voltada para meninas de exatamente nove anos, àquelas que não completaram o ciclo de vacinação em 2014 e às portadoras do vírus da aids entre nove e 26 anos. “Temos duas justificativas para essa demanda baixa: uma delas é que estamos no início do ano e poucas meninas atingiram a idade necessária. Outra é a ausência da divulgação da campanha nacional, que iniciou depois”, explica a gerente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da Secretaria de Saúde, Cristina Segatto. A demanda deve aumentar gradativamente à medida que a campanha se propague nos meios de comunicação e a sensibilização nas escolas e conselhos tutelares se intensifique.

A Secretaria de Saúde tem a expectativa mensal de imunizar cerca de mil meninas. Todas as unidades básicas de saúde do DF estão aptas a aplicar as doses. São 98 salas distribuídas em todas as regiões administrativas para atender o público-alvo. Estão previstas três etapas de vacinação para as meninas de nove anos. A primeira dose já pode ser aplicada. A segunda será dada a partir de setembro e a última, daqui a cinco anos. Quem não completou o ciclo no ano passado deve procurar alguma unidade de saúde para garantir a completa imunização.

Portadoras do HIV
As mulheres portadoras do vírus da aids entre nove e 26 anos estão inseridas na campanha de vacinação contra o HPV. Para receberem as doses da vacina, elas precisam se dirigir aos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie).

Esses centros de atendimento estão localizados nas regionais da Asa Norte; de Ceilândia, de Taguatinga e da Asa Sul. Gama, Sobradinho e Planaltina possuem salas especiais para esse atendimento. A capacidade diária é de acompanhamento para 20 a 30 pessoas.

Adultas
O Ministério da Saúde destaca que a imunização é um mecanismo de prevenção, por isso, é feito com meninas em idades tão tenras. Porém, após o início da vida sexual, a mulher deve se submeter também ao exame conhecido como papanicolau. A vacina protege dos subtipos 16 e 18 do HPV, mas não de todos os subtipos do vírus, nem das demais doenças sexualmente transmissíveis (DST). Por isso a recomendação é usar preservativo nas relações.