O alcance da meta, porém, não foi homogêneo em todas as regionais nem em todos os grupos prioritários, de acordo com a secretaria. Enquanto se ultrapassou a estimativa de profissionais de saúde (119%) e se chegou a 94,8% das puérperas (mulheres que deram à luz há até 45 dias) vacinadas, por exemplo, o porcentual entre gestantes ficou em 79,9%; entre idosos, em 82,5%; e entre crianças, em 80%. Por isso, a partir de segunda-feira (16) e durante a última semana de campanha, a imunização estará restrita a estes três públicos: grávidas, crianças de 6 meses a menores de 5 anos e idosos.
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“Vamos manter a vacinação para esses grupos em todas as salas de vacina. Sabemos das dificuldades de alguns pais para levarem as crianças, mas é muito importante”, ressalta a diretora da Vigilância Epidemiológica da secretaria, Cristina Segatto. “No caso dos idosos acamados que não possam se locomover, a família deve procurar o posto mais próximo para que ele receba em casa”, instrui.
Os estoques, segundo Cristina, estão normalizados nos postos, mas podem vir a faltar momentaneamente. Nesses casos, enquanto houver doses disponíveis, serão feitas redistribuições. O Ministério da Saúde sinalizou à pasta local que não vai adquirir mais vacinas, porque o Instituto Butantan não teria condições de atender a nova demanda. A diretora destaca ainda que um quantitativo está reservado para crianças que tomaram a vacina pela primeira vez e necessitam de uma segunda dose. Também há reserva — cerca de mil doses — para mulheres que engravidarem ao longo do ano.
H1N1
Durante a entrevista, a Secretaria de Saúde também divulgou informações do Boletim Epidemiológico Influenza nº 18. De janeiro até 7 de maio, 117 casos de gripe por H1N1 foram confirmados no Distrito Federal. Desses, nove pacientes morreram. Um décimo caso de morte ainda está sob investigação.
Entre as confirmações, 80 apresentaram-se da forma mais grave, com internação da pessoa, e 37 foram quadros leves da gripe. Ainda no grupo de infectados por H1N1, 15 representaram gestantes — 8 em caso grave e sete de menor gravidade.
Cuidados
Coordenador de Atenção Primária à Saúde, da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde da pasta, Marcus Quito reforçou os cuidados para evitar a contaminação pelo vírus. “A vacina é apenas uma das medidas para proteger a população. Sabemos que neste ano houve uma mudança no padrão da doença, que chegou mais cedo.”
Além da imunização contra a gripe H1N1, uma das melhores maneiras de preveni-la é o cuidado com a higiene. Devem-se lavar as mãos com frequência — principalmente antes de consumir algum alimento — e higienizá-las após tossir ou espirrar. Também é fundamental manter os ambientes ventilados e não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.