09/06/2016 às 19:18, atualizado em 09/06/2016 às 19:20

Ação educativa da Agefis torna acessíveis 4,1 mil metros de calçadas em Águas Claras

Com orientação dos fiscais, síndicos de prédios particulares têm promovido alterações para adaptar os passeios

Por Saulo Araújo, da Agência Brasília

As calçadas de Águas Claras, aos poucos, tornam-se mais acessíveis para pedestres, cadeirantes e pessoas com deficiência visual. A mudança decorre de uma ação educativa da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) iniciada em janeiro. Agentes da autarquia orientam síndicos de prédios a adaptar os passeios que circundam os condomínios. Na manhã desta quinta-feira (9), por exemplo, moradores e servidores da agência participaram da 1ª Caminhada Urbana.

O objetivo para 2016 era tornar 2,5 mil metros de calçadas acessíveis. A adesão da comunidade, porém, foi acima do esperado e 4,1 mil metros foram adaptados. Com isso, a Agefis repactuou a meta para mais de 8 mil metros até dezembro.

[Numeralha titulo_grande=”4,1 mil metros” texto=”de calçadas se tornaram acessíveis no primeiro bimestre de 2016

As ações educativas têm duas frentes. A primeira mira em condomínios já construídos e habitados. Os fiscais reúnem-se com os síndicos, apresentam o projeto de calçada padrão e fazem uma notificação em caráter simbólico. O documento serve para que os gerenciadores dos prédios o apresentem nas reuniões de condomínio.

Piso tátil

O segundo alvo são os edifícios em construção. Nesse caso, engenheiros são orientados a manter as calçadas externas adaptadas. Os passeios devem seguir as seguintes normas: ter, no mínimo, 1,5 metro de calçada pavimentada, canteiro de serviço com 80 centímetros, rampas com inclinação máxima de 8,33% e placas de sinalização. Também é preciso ter piso tátil (que orienta a caminhada de pessoas com deficiência visual), e o calçamento não pode ser de material que cause trepidação.

A ação educativa da Agefis começou como piloto em Águas Claras, mas deve ser estendida para os comércios locais das Asas Sul e Norte. Para a diretora-presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, o desejo dos moradores de mudar o ambiente em que vivem tem sido determinante para o sucesso da iniciativa. “Começamos a trabalhar com programações fiscais, que não necessariamente implicam penalidade. Fizemos contato prévio com os síndicos, apontamos as irregularidades e tivemos a grata surpresa de ver uma adesão bem acima do que prevíamos, o que denota comprometimento do cidadão com a sua região”, observou Bruna.

Edição: Paula Oliveira