13/06/2016 às 19:10, atualizado em 30/01/2017 às 15:53

Brasília tem menor inflação acumulada no ano em preços ao consumidor entre 13 capitais

Variação mensal mais baixa — de abril para maio — foi registrada no setor transportes (0,76%), devido à redução no preço dos combustíveis

Por Jade Abreu, da Agência Brasília

De janeiro a maio, a inflação acumulada de Brasília subiu 2,65%, conforme medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta segunda-feira (13) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). É o segundo mês consecutivo em que há aumento na variação. No entanto, foi a menor quando comparada a outras capitais do País — Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Vitória. A capital capixaba apresentou crescimento inflacionário de 2,85%.

Os índices foram divulgados em coletiva de imprensa, na sede da Codeplan.

Os índices foram divulgados em coletiva de imprensa, na sede da Codeplan. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Segundo a coordenadora de Contas Regionais da Codeplan e responsável pela pesquisa, Sandra Regina Andrade Silva, nacionalmente, as indústrias automobilísticas foram as que mais se retraíram. “Brasília não tem indústrias pesadas, então o abalo que essas empresas sofrem nas atividades econômicas não tem a mesma força aqui.”

Apesar de a situação em Brasília ter sido melhor do que no índice geral do País, a retração também teve implicações nos casos de desemprego, que cresceu de 13,2% em março de 2015 para 18,1% no mesmo mês deste ano.

Alimentação

Técnicos das Centrais de Abastecimento do Distrito Federal também estiveram na Codeplan para apresentar o Índice Ceasa do Distrito Federal com a comparação dos produtos de abril e maio. De acordo com o economista da Ceasa João Bosco Soares, frutas foi a categoria que teve o maior aumento de preços — 0,7% a mais no mês passado —, principalmente o limão, o maracujá e a manga. O morango, a banana prata e o melão caíram 12,5%, 13,3% e 22,35%, respectivamente.

Verdura foi o setor da mesa do brasiliense que teve a maior redução de preço — 10,52%. A couve-flor, o repolho e os brócolis ficaram entre os produtos com as maiores quedas em maio. De acordo com Soares, a seca do mês é propícia para a plantação. “É esperado que nesta época haja a redução dos preços das verduras por uma questão climática. Esse é o período de produção para essas hortaliças.”

Outro setor com diminuição de preço na Ceasa foi o de legumes, com 4,33%. A beterraba registrou o maior decréscimo, com 51,9%, seguida pelo pimentão verde (48,9%). Porém, houve aumento principalmente nos preços do quiabo (58,54%) e da cebola (30,73%).

Também participaram da coletiva de imprensa o presidente da Codeplan, Lucio Rennó; o gerente de Estudos Setoriais da Codeplan, Jusçanio de Souza; e o chefe da Seção de Estatística da Ceasa, Fernando Nogueira.

Acesse a íntegra das pesquisas do Idecon-DF, do Índice Ceasa e do IPCA e do INPC de maio de 2016.

Edição: Raquel Flores