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27/06/2016 às 16:59, atualizado em 22/08/2017 às 14:08
Um dos beneficiados, Fábio Luiz Valença aplicará o valor em plantação de banana. Outros R$ 157 mil foram entregues para microempreendedores da área urbana nesta segunda-feira (27)
Vinte agricultores rurais receberam na manhã desta segunda-feira (27) R$ 310.486,96 em cartas de crédito do Prospera DF. O valor faz parte do décimo terceiro lote deste ano, que beneficiou pessoas como Fábio Luiz Valença, de 35 anos, produtor de bananas do tipo Pacovan.
Ele é um dos produtores rurais que faz parte de um arranjo produtivo local que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) iniciou no Assentamento Contagem, na Fercal. A ideia é que produzam o fruto do tipo Prata Anã e possam expandir a comercialização.
“Criamos ali uma situação adequada a se desenvolver um arranjo produtivo local, em que esses produtores não vão ter só a assistência técnica para produção”, explica o diretor-executivo da Emater-DF, Rodrigo Marques. Serão consideradas as questões de pós-colheita, de colheita, de comercialização e de logística.
A produção de Valença fica em uma área do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em que ele vive com pais e irmão há mais de 20 anos. Em 1,5 hectare, há quatro anos, ele produz a variedade Pacovan. A produção é de, em média, 35 caixas por semana, cada uma com cerca de dez pencas do fruto, que são vendidos a R$ 5 a unidade. Para a banana Prata Anã, que já é produzida pelo irmão dele, a ideia é expandir a área de cultivo para 2 hectares.
[Numeralha titulo_grande=”R$ 467.506,96 ” texto=”Valor das 40 cartas de crédito do Prospera DF entregues nesta segunda-feira (27)
Valença destaca que a produção atual traz perdas constantes. Com média de 5 metros de altura, as bananeiras ficam suscetíveis aos ventos, e os frutos acabam caindo. Já a Prata Anã pode atingir uma média de 3,5 metros — e tem melhor saída no comércio. “A Emater nos ajuda mostrando essa variedade”, diz. “Vamos nos unir e ter um mercado garantido. Brasília é carente em frutas e uma das que vêm de fora é a banana.”
No caso dele e dos beneficiados da área rural, as taxas de juros praticadas no Prospera são de 2% ao ano para custeio e de 3% anuais para investimento. São até 12 meses, além da carência de até um ano, para custeio, e até 48 meses de prazo, e carência de até dois anos, para investimento. Não há cobrança de taxa de abertura de crédito, de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ou outros tributos.
A entrega ocorreu no escritório da Emater-DF em Sobradinho. A empresa pública e o Banco de Brasília são parceiros da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos no programa de microcrédito.
Na tarde de hoje, no auditório da Secretaria-Adjunta do Trabalho, no Setor Comercial Sul, também como parte do décimo terceiro lote, foram entregues R$ 157.020 em cartas de crédito para 20 microempreendedores urbanos.
Com as duas entregas, a pasta alcança 392 microempreendedores neste ano, com R$ 4.571.010,89. Os urbanos representam 57,6% e, os rurais, 42,4%. “Temos a expectativa de emprestar até o fim do ano R$ 11 milhões”, reforça o diretor de Concessão e Recuperação de Microcrédito da Secretaria-Adjunta do Trabalho, Paulo Roberto Fernandes.
Os valores dos créditos variam de acordo com a pontualidade no pagamento das parcelas e a estrutura financeira do empreendimento e podem aumentar na medida em que o empreendedor faz novos financiamentos.
O Prospera apoia empreendimentos nas áreas urbana e rural do DF e na Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno (Ride). São beneficiados comércio, setores de produção e serviços, cooperativas de trabalho e investimento, além de custeio de atividades agrícolas. O programa é voltado para empreendedores urbanos do setor informal (como os autônomos), microempresas ou empresas de pequeno porte, artesãos, cooperativas de trabalho e produção individual. Na área rural, ajuda cooperativas e produtores familiares.
Os investimentos do programa podem ser utilizados na aquisição de máquinas, equipamentos, móveis e utensílios. O capital de giro na área urbana é exclusivo para a compra de matérias-primas e mercadorias. Outra modalidade, o custeio rural, é para gastos com insumos e preparação de terra para plantio, por exemplo.
Para a área urbana, as taxas de juros representam aproximadamente 0,7% ao mês para capital de giro e investimento. Quanto aos prazos e financiamento, os empréstimos são de até 36 prestações, com carência de até três meses para capital de giro e de até 12 para investimento.
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Interessados em empréstimos devem procurar as Agências do Trabalhador do Plano Piloto, no Setor Comercial Sul (Quadra 6, Lotes 10 e 11), ou de Taguatinga, na Avenida das Palmeiras (Quadra C4, Lote 3), onde funcionam as duas agências de crédito do governo de Brasília. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas. Exige-se levar documentação do empreendimento e comprovar a atividade desenvolvida.
No caso da área rural, deve-se procurar uma das unidades da Emater-DF. O atendimento na empresa pública é de segunda a sexta-feira, das 8 horas ao meio-dia e das 13 às 17 horas.
Edição: Paula Oliveira