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30/06/2016 às 20:50, atualizado em 13/12/2016 às 18:00
Vacina é a forma de prevenção da doença. Imunização está disponível na rede pública
De janeiro a junho, a Secretaria de Saúde notificou 757 pessoas com os sintomas de caxumba — febre, inchaço das glândulas salivares, calafrios, e dor de cabeça ao mastigar e engolir. Dessas, 737 ocorrências foram em moradores de Brasília — a maioria (467) em homens (o vírus pode infeccionar os testículos causando esterilidade). Os dados são do Boletim Epidemiológico nº 2, divulgado nesta quinta-feira (30).
Desde o início do ano, ocorreram 20 surtos isolados da doença em Brasília: 13 em escolas, três em residências, dois em complexos penitenciários e dois em outros locais não divulgados. Em junho, pelo levantamento, houve 12.
As regiões administrativas com o maior número de ocorrências são Ceilândia (133), Taguatinga (111), Guará (67) e Samambaia (66). Como medida de controle, a Vigilância Epidemiológica monitora os casos suspeitos.
Quanto há surto, a secretaria alerta para a necessidade de isolamento social dos pacientes de, no mínimo, dez a 15 dias — contados a partir dos primeiros sinais e dos sintomas da doença. Como a contaminação ocorre por meio de gotículas de salivas, devem-se evitar ambientes aglomerados e fechados e compartilhar copos e talheres. Também é importante ingerir líquidos.
Não existe um tratamento específico para a doença. O combate é feito pela vacinação ainda na infância. Na rede pública de saúde, a vacina tríplice viral (que protege contra caxumba, sarampo e rubéola) pode ser aplicada no primeiro ano de vida; a vacina tetra viral (caxumba, sarampo, rubéola e varicela) é dada a partir dos 15 meses de idade.
Para crianças e adolescentes até 19 anos, são duas doses do medicamento e, para pessoas de 20 a 49 anos, é apenas uma dose da vacina tríplice viral. A prevenção pode ser feita durante todo o ano nos centros de saúde.
Febre, calafrios, dores de cabeça, musculares — ao mastigar ou engolir — e fraqueza são os sintomas mais comuns. A doença também é caracterizada pelo aumento de glândulas salivares, que fazem o rosto inchar.
A incubação do vírus — período de contaminação até aparecer os primeiros sintomas — pode variar de 12 a 25 dias. Em média, aparece por volta dos 16 a 18 dias.
Acesse a íntegra do Boletim Epidemiológico nº 2.
Edição: Raquel Flores