14/07/2016 às 12:49, atualizado em 14/07/2016 às 19:02

Com o Brasília Solar, Feira do Guará vai ganhar placas de captação de energia

Projeto do governo de Brasília, que será lançado no próximo semestre, incentiva o uso de energia sustentável no Distrito Federal

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília

As discussões sobre o Brasília Solar, programa que incentivará o uso de energia sustentável no DF, estão cada vez mais avançadas. O projeto que prevê o uso de placas fotovoltaicas para converter luz do sol em energia elétrica deve ser lançado oficialmente em forma de decreto assinado pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, no segundo semestre de 2016.

Feirantes serão beneficiados com a diminuição do valor da conta de luz.

Feirantes serão beneficiados com a diminuição do valor da conta de luz. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

Para o administrador regional do Guará, André Brandão, a medida também traria maior visibilidade para o local. “Temos condição de virar modelo de eficiência energética para o DF e para o Brasil”, ressalta. De acordo com ele, o potencial turístico da feira, assim com o caráter sustentável da proposta, transformaria a realidade daqueles comerciantes e da região administrativa. “Esse exemplo seria apenas mais uma prova que a cidade deve insistir em energias renováveis”, conclui.

A ideia é garantir que o espaço funcione dessa forma por pelo menos 25 anos, por meio de termo de permissão. O valor estimado do investimento é de R$ 7 milhões.

Outros projetos demonstrativos do Brasília Solar

O secretário do Meio Ambiente e presidente do grupo de trabalho do Brasília Solar, André Lima, reforça que, para colocar esse e outros projetos demonstrativos do programa em prática, será preciso checar a viabilidade jurídica e financeira. “Pensamos em modelos de instalação e em arranjos para a captação dos recursos”, afirma. Para isso, há um subgrupo que trabalha na planilha de custos.

Além da Feira do Guará, há uma proposta para compensação energética em um condomínio do Jardim Botânico. Outras sugestões, em fase de levantamento e avaliação, visam produção de energia solar em hospitais e unidades de pronto-atendimento da rede pública — que funcionam por meio de caldeiras — e em todas as unidades de ensino administradas pela Secretaria de Educação.

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“Também articulamos com a Companhia Energética de Brasília [CEB], com a Universidade de Brasília e com a Centrais Elétricas do Norte do Brasil [Eletronorte] um estudo sobre o potencial de produção de energia sustentável no lixão da Estrutural”, adianta o secretário.

Lima destaca como parte essencial do Brasília Solar o investimento em treinamento de técnicos para instalação e montagem das placas fotovoltaicas em um novo curso da Fábrica Social, em parceria com Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Em setembro, 150 alunos começam as aulas de capacitação.

Edição: Paula Oliveira