04/08/2016 às 09:17, atualizado em 05/12/2016 às 18:55

Centro integrado de comando tem profissionais e tecnologia para garantir a tranquilidade na Olimpíada

Representantes de 44 órgãos dos governos local e federal trabalham de forma integrada durante 24 horas por dia

Por Saulo Araújo, da Agência Brasília

O esquema de segurança para a Olimpíada 2016 envolve 8,5 mil integrantes das forças local e nacional, que patrulham a cidade para garantir a tranquilidade durante o evento. Porém, longe dos olhos do grande público, um grupo de policiais militares e civis, bombeiros e representantes de 44 órgãos dos governos federal e do DF trabalha discretamente para evitar sobressaltos. Eles estão no Centro Integrado de Comando e Controle Regional, na sede da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social.

O trabalho visa a prevenção, mas, se tivermos de agir, estamos preparados”, ressalta o secretário-adjunto da Segurança Pública e da Paz Social, coronel da Polícia Militar Márcio Pereira da Silva.

“O trabalho visa à prevenção, mas, se tivermos de agir, estamos preparados”, ressalta o secretário-adjunto da Segurança Pública e da Paz Social, coronel da Polícia Militar Márcio Pereira da Silva. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

No período dos Jogos Olímpicos 2016, o comando do centro de controle ficará nas mãos da secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar Araújo. O coordenador do centro em dias normais é o delegado José Carlos Medeiros. Pela experiência acumulada no local, ele auxilia a secretária da Segurança no gerenciamento. Medeiros explica que o monitoramento requer atenção especial para áreas de interesse operacional, que são o estádio, os hotéis que abrigam delegações e autoridades e os centros de treinamento.

Independência e poder de decisão

Todos os servidores que trabalham no Centro Integrado de Comando e Controle Regional têm poder de decisão. Ou seja, a determinação deles não precisa ser chancelada por alguém mais graduado hierarquicamente. A agente do Departamento de Trânsito (Detran) no grupo tem a prerrogativa de deslocar qualquer viatura em qualquer momento que julgar necessário ou o oficial da Polícia Militar pode solicitar revista de carros suspeitos e determinar mudança de rota de batedores. Tudo feito de forma rápida e sem intermediários.

O delegado Medeiros destaca que o sucesso da operação será a integração entre todos os agentes envolvidos. “Aqui não tem relação de subordinação, pois temos um lema: juntos, somos fortes; integrados, somos imbatíveis. Se uma linha falhar, a outra tem de estar apta a agir no menor tempo-resposta possível”.

“Juntos, somos fortes; integrados, somos imbatíveis” José Carlos Medeiros, delegado, coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle Regional.

O centro não conta apenas com representantes da segurança pública. Há integrantes da Casa Civil, do Ministério das Relações Exteriores, da Vara da Infância e Juventude, da Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF), do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), da Agência de Fiscalização (Agefis) e de diversos outros órgãos com ligação direta ou indireta com o evento. Eles ficam em contato permanente com o Centro Integrado de Comando e Controle, que funciona na sede da Polícia Rodoviária Federal, no Setor Policial Sul, e tem a missão de fazer a ponte com todas as capitais que recebem os jogos olímpicos. Também é onde estão concentradas as polícias internacionais.

Sala de crise

O centro ainda abriga uma sala de crise, onde um grupo reduzido de servidores se reúne para tomar decisões caso algo mais grave ocorra. Para garantir segurança plena, o acesso de todas as pessoas autorizadas a entrar no lugar é feito por meio de leitor biométrico. “É onde tomaremos as decisões mais complexas da forma mais célere e discreta possível. Queremos ser mais resolutivos sem chamar a atenção”, diz Medeiros.

Edição: Paula Oliveira