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02/10/2016 às 15:26, atualizado em 03/10/2016 às 11:19
Um dos nove contemplados pelo fundo nessa categoria em 2016, o projeto das cineastas do Coletivo Babu exibirá produções dirigidas, produzidas e protagonizadas por mulheres
A receita básica para a exibição pública de um filme — projetor, caixas de som e público interessado em cinema — será fomentada por uma das novas linhas de apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), implementadas pelo edital para projetos audiovisuais deste ano.
“A ideia é trazer filmes que não entraram em cartaz, sendo pelo menos um deles do DF”, explica o realizador audiovisual Maurício Chades, de 25 anos. Estão previstas para o próximo ano oito exibições e a presença de quatro diretores ainda não definidos. A ideia é que em uma sessão o cineasta apresente sua obra e, na seguinte, sugira um filme.
O cineclubismo leva a produção ao encontro do público. Isso é muito interessante do ponto de vista audiovisualMaurício Chades, um dos idealizadores do cineclube Kinofogodireita
A proposta segue um modelo inusitado, em que o filme é projetado em uma parede ou tela acompanhado por uma fogueira ao ar livre. Com o recurso de R$ 29,9 mil, o cineclube poderá sair do local em que nasceu e seguir para o Paranoá e o Varjão. “Acreditamos em um trabalho que dialogue com a composição dos espaços, de forma que a projeção se integre às tensões evidentes dos locais periurbanos que escolhemos”, defende Chades. A previsão é que as edições itinerantes ocorram em julho e agosto de 2017, aproveitando o período sem chuvas.
No Kinofogo, o público é convidado a levar alimentos como batatas para assar na fogueira e pipoca para as sessões. “Queremos ampliar o acesso e estimular a interação”, afirma o artista. Para ele, a diversidade da linha de apoio do edital será importante para o setor na cidade. “O cineclubismo leva a produção ao encontro do público. Isso é muito interessante do ponto de vista audiovisual”, conclui.
Edição: Gustavo Marcondes