20/10/2016 às 10:16, atualizado em 05/12/2016 às 19:02

Obras de escultor goiano chegam ao Cerratenses na sexta (21)

Mostra de Vicente Caraíba no Jardim Botânico de Brasília poderá ser visitada até 20 de novembro

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília

De sexta-feira (21) a 20 de novembro, o Centro de Excelência do Cerrado — Cerratenses, no Jardim Botânico de Brasília, recebe a exposição Espírito Cerratense, do goiano Vicente Caraíba. A mostra levará ao local 30 esculturas e talhas esculpidas em madeira morta garimpada pelo artista plástico, além de 11 pinturas digitais feitas por ele.

Inspirada na tortuosidade das árvores secas, a mostra é um alerta para a destruição do Cerrado e atenta para a beleza e a importância do bioma que abrange cerca de 20% do território nacional e no qual o DF está totalmente inserido. Além disso, a exposição homenageia Paulo Bertran, historiador autor de vasta bibliografia sobre o tema, que morreu em 2005 e completaria 68 anos em 2016.

Os visitantes poderão interagir com as obras, ao tocar e cheirar a madeira, em um exercício imaginativo. O processo de criação do artista consiste em encontrar troncos e pedaços de árvores e moldá-las em seu ateliê, em Goiás Velho. No caso da pintura digital, Caraíba usa os computadores como ferramentas para desenhar cores e formas que baseiam sua perspectiva sobre o Cerrado por meio da tecnologia.

Sobre o Cerratenses

Centro de Excelência do Cerrado — Cerratenses é um espaço de pesquisa e preservação do bioma predominante na região Centro-Oeste e presente em quase 20% do território nacional. Inaugurado em setembro de 2015, o local foi pensado para fomentar políticas de proteção ao Cerrado como rede de apoio a todas as unidades federativas pertencentes ao bioma e reforçar a identidade do brasiliense com a fauna e a flora nativas. O termo Cerratenses significa “gente do Cerrado” e foi cunhado pelo historiador goiano Paulo Bertran e pelo fotógrafo Rui Faquini.

O edifício no Jardim Botânico de Brasília é resultado de parceria do governo de Brasília com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O espaço de 1.622 metros quadrados foi construído com técnicas sustentáveis, como uso de grandes janelas de vidro para aproveitar a luz do sol, e com materiais renováveis, como a madeira. O centro de excelência tem ainda laboratório multidisciplinar e áreas para exposições, seminários, palestras e apresentações. O projeto prevê também a construção de uma biblioteca digital do Cerrado e uma cafeteria com produtos da gastronomia regional.

Exposição Espírito Cerratense

 

Abertura
Em 21 de outubro (sexta-feira)
Às 19 horas

 

Visitação
De 22 de outubro a 20 de novembro
De terça-feira a domingo
Das 9 às 17 horas
No Centro de Excelência do Cerrado, no Jardim Botânico de Brasília
(Setor de Mansões Dom Bosco, Área Especial, entrada pela subida da QI 23 do Lago Sul)
Entrada: R$ 5 (menores de 12 anos, idosos e pessoas com deficiência não pagam)
Mais informações: (61) 3366-2141

Edição: Paula Oliveira