25/11/2016 às 15:38, atualizado em 06/12/2016 às 13:29

Casamento Comunitário vai unir 68 casais neste sábado (26)

Cerimônia coletiva ocorrerá pela segunda vez no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Além dos custos do cartório, o projeto arca com a maquiagem e o transporte da noiva

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília

O projeto Alma Gêmea passou a ser chamado de Casamento Comunitário, de acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania. Ainda segundo a pasta, serão 68 casais na cerimônia deste sábado (26) — e não 80, como havia sido informado anteriormente. E, ao contrário do informado, é a segunda vez que o Estádio Nacional Mané Garrincha é usado para a realização do Casamento Comunitário. Ele foi utilizado em 26 de julho de 2014.

Maria Raimunda dos Reis, de 34 anos, sonha desde a adolescência em subir ao altar. Em união estável com Nélio Pereira da Silva, de 35 anos, desde 2010, ela é uma das 68 noivas que se casarão neste sábado (26), em cerimônia na tribuna de honra do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha pelo projeto Casamento Comunitário (antigo Alma Gêmea).

Ela vai usar um vestido de noiva que uma loja de roupas de festa emprestou. Maria Raimunda conta que não teria condições de arcar com os gastos de um casamento. “Não tenho como fazer do jeito que eu sempre quis, mas não vou desistir”, disse, ao falar que ainda tenta juntar dinheiro para, até amanhã, comprar as alianças e fazer uma pequena recepção para amigos e família.

A dona de casa, mãe de quatro filhos, três deles com Nilson, está ansiosa pelo sábado, não só pela cerimônia, que começará às 18 horas. Ela terá um dia de noiva, com direito a massagem, cabeleireiro, maquiagem e transporte até o estádio. Os cuidados estão incluídos no projeto da Secretaria de Justiça e Cidadania, assim como a taxa do cartório e a cerimônia.

Última edição do Casamento Comunitário no ano

É a segunda vez, desde que o projeto começou, em 2012, que a cerimônia ocorre no Mané Garrincha. Já foram palco para as celebrações lugares como o Museu da República, a Ponte JK e a fonte luminosa da Torre de TV. Foram 13 edições que uniram 997 casais, com a presença de mais de 3 mil pessoas. “Essa iniciativa traz conforto jurídico, psicológico e até de convivência para essas pessoas, além de ser um momento especial”, resume o secretário de Justiça, Marcelo Lima.

O Casamento Comunitário ocorre duas vezes ao ano, uma em cada semestre. A de sábado será a última de 2016. Para participar, é preciso comparecer — quando as inscrições estiveram abertas — na sede da Secretaria de Justiça e Cidadania, na antiga Rodoferroviária, e preencher uma ficha. As vagas, geralmente, são esgotadas em menos de uma semana. O projeto atende apenas pessoas de baixa renda.

Edição: Paula Oliveira