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26/11/2016 às 20:39, atualizado em 06/12/2016 às 13:29
Pela segunda vez, estádio foi o local escolhido para a realização do Casamento Comunitário. Desde a criação, programa beneficiou mais de 2 mil pessoas, como Márcia e Elisvânio
Ao contrário do informado, é a segunda vez que o Estádio Nacional Mané Garrincha é usado para a realização do Casamento Comunitário. Ele foi utilizado em 26 de julho de 2014.
“Hoje foi um dia diferente e único”, disse, emocionada, Márcia de Souza Silva. A recepcionista de 34 anos passou a manhã e a tarde deste sábado (26) se preparando para o casamento na tribuna de honra do Estádio Nacional Mané Garrincha. A data também era aguardada pelo noivo, Elisvânio Santos de Almeida, de 34 anos. O casal decidiu se casar há dois anos, mas o técnico de controle fazia questão de uma cerimônia grande. “Ele sempre falou que casamento é uma coisa única e pra vida toda”, contou a noiva.
Porém, eles deram prioridade para a construção da casa onde morarão, que levou dois anos desde o noivado. Para não ter de esperar mais, Márcia foi uma das 68 noivas que tiveram a união civil institucionalizada no 14º Casamento Comunitário, organizado pela Secretaria de Justiça e Cidadania em parceria com 52 instituições privadas. Com essa oportunidade, enfim o casal trocou alianças em frente a 800 pessoas.
Além dos quesitos legais, eles têm a realização de um sonho, que é fazer parte da instituição casamentoMarcelo Lima, secretário de Justiça e Cidadaniaesquerda
Segundo o secretário de Justiça e Cidadania, Marcelo Lima, a maioria dos casais já mora junto, mas sem os direitos que a oficialização civil da união traz. “Além dos quesitos legais, eles têm a realização de um sonho, que é fazer parte da instituição casamento”, explicou. O evento ocorre semestralmente e beneficia pessoas de renda baixa.
O secretário salientou que o projeto também contempla pessoas mais velhas. “Na lista é possível encontrar casais na casa dos 20 anos, assim como na casa dos 50”. É o caso de José Farias, de 46, e de Maria das Graças Rocha, de 56, que moram juntos há 16 anos. “A situação financeira nunca permitiu. Tivemos que pagar casa, imposto e todas as dívidas que vieram. O tempo passou e nunca casamos”, relatou o motorista rodoviário.
Foi a segunda vez, desde que o projeto começou, em 2012, que a cerimônia ocorreu no Mané Garrincha. Já foram palco para as celebrações lugares como o Museu da República, a Ponte JK e a fonte luminosa da Torre de TV. Com a deste fim de semana, foram 14 edições que uniram 1.065 casais, com a presença de cerca de 4 mil pessoas.
Para participar, é preciso comparecer — quando as inscrições estiverem abertas — na sede da Secretaria de Justiça e Cidadania, na antiga Rodoferroviária, e preencher uma ficha. As vagas, geralmente, são esgotadas em menos de uma semana.
Edição: Renaro Cardozo