21/12/2016 às 15:50, atualizado em 22/12/2016 às 09:29

Retração da economia local foi de 1,6% no terceiro trimestre de 2016

Índice é medido em comparação com o mesmo período do ano passado e foi divulgado pela Codeplan nesta quarta-feira (21)

Por Vinícius Brandão, da Agência Brasília

A economia de Brasília sofreu redução de 1,6% no terceiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. Os três grandes setores apresentaram recuo: agropecuária (-3,7%), indústria (-2,6%) e serviços (-1,5%). Os dados são do Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF), divulgado pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) nesta quarta-feira (21), na sede da empresa pública.

O comportamento da economia local, todavia, foi menos recessivo que o do Brasil, que teve retração de 2,9% para o produto interno bruto trimestral, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No contexto nacional, agropecuária registrou queda de 6%, indústria de 2,9% e serviços de 2,2%.

Essa é a sétima vez consecutiva que a taxa do Idecon-DF apresenta valores negativos. A medição é feita a cada três meses desde 2012.

Segundo o levantamento, os problemas de desempenho refletem os efeitos do desemprego, da redução da renda dos trabalhadores, dos juros elevados e da alta taxa de inflação. O estudo cita a Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF (PED-DF), que indica que a taxa de desemprego aumentou de 14,6% em setembro de 2015 para 18,4% no mesmo mês deste ano.

Também houve redução no rendimento dos ocupados (-4,6%), dos assalariados (-1,1%) e dos autônomos (17,4%) entre agosto de 2015 e agosto de 2016.

Acesse o levantamento do Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF) no terceiro trimestre de 2016.

Setor de serviços tem maior influência na economia do DF

O presidente da Codeplan, Lucio Rennó, explicou que a crise nacional afetou o setor de serviços em todo o País. Em Brasília, esse setor representa 92,9% da economia local. “Os dados do Idecon-DF apontam uma continuação da nossa situação de crise. O ano de 2016 foi muito duro para a economia, e as expectativas não são otimistas pra 2017.”

Edição: Marina Mercante