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21/12/2016 às 15:08, atualizado em 22/12/2016 às 18:32
Grupo terá reunião em 16 de janeiro com representantes do governo local e integrantes de movimentos sociais para definir novos procedimentos durante protestos
O Comitê de Pacificação foi reformulado, e não criado na reunião de quarta-feira (21), conforme publicado anteriormente.
Representantes do governo de Brasília, deputados federais e integrantes de movimentos sociais reformularam o Comitê de Pacificação, que discute a segurança em manifestações na cidade. A decisão foi tomada em reunião nesta quarta-feira (21) no Palácio do Buriti e foi motivada pelos conflitos em 13 de dezembro, quando oito policiais militares foram feridos, e 88 pessoas, detidas.
A primeira reunião depois da determinação de quarta-feira (21) será em 16 de janeiro. O objetivo será definir novos parâmetros do colegiado. O comitê será formado pelo governador Rodrigo Rollemberg; pelo chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio; pela secretária da Segurança Pública e da Paz Social do DF, Márcia de Alencar Araújo; pelo comandante-geral da PM; por parlamentares federais e por integrantes de movimentos sociais.
Participaram da reunião de reformulação hoje no gabinete do governador, além de membros do governo do DF e de movimentos sociais, os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP), Érika Kokay (PT-DF) e Zé Geraldo (PT-PA); e representantes de movimentos sociais.
Com previsão de muitas manifestações em Brasília para 2017, o comitê fará reuniões antes e depois de cada ato para planejar a separação dos grupos com intenções violentas daqueles pacíficos. “Nosso governo nunca foi e nunca será contra manifestações, mas somos contra qualquer tipo de violência. Vamos identificar as pessoas que a praticam, tanto entre os manifestantes, quanto entre os policiais”, disse o governador Rodrigo Rollemberg.
Em relação aos eventos de 13 de dezembro, o chefe do Executivo local afirmou que não concorda com a repressão abusiva de alguns policiais. “Temos um problema a ser resolvido. Assim que soube de casos de abuso, pedi ao comandante Nunes [comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, Marcos Antônio Nunes] que fossem apurados.”
Para prevenir conflitos entre manifestantes contra e a favor do impeachment, o Comitê de Pacificação foi criado em 1º de abril deste ano pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social em parceria com movimentos sociais e organizações da sociedade civil.
Ele era formado por representantes do órgão e de organizações contra e a favor do impeachment, além de instituições mediadoras. Foi definida uma agenda de manifestações para que as forças de segurança planejassem as ações para cada evento. Como os protestos previstos para 2017 terão mudanças de grupos e de objetivos, a reformulação foi necessária.
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Edição: Paula Oliveira