06/01/2017 às 09:23, atualizado em 06/01/2017 às 15:28

Brasilienses ganham mais 38 dias para sugerir melhorias na orla do Lago

Prazo da consulta pública virtual terminaria no domingo (8), mas foi ampliado para 15 de fevereiro. Medida permitirá que o governo tome decisões mais próximas do que deseja a população

Por Saulo Araújo, da Agência Brasília

A população vai ganhar mais 38 dias para ajudar o governo de Brasília com sugestões ao projeto de revitalização da orla do Lago Paranoá. A consulta pública virtual ficaria disponível até domingo (8), mas o Executivo decidiu prorrogá-la para 15 de fevereiro.

A intenção é colher amostras mais representativas de moradores e, principalmente, de especialistas como arquitetos, ambientalistas, profissionais de urbanismo e paisagistas, a fim de construir equipamentos públicos de acordo com o que pensam os frequentadores do local.

Todos poderão propor modelos de ocupação ordeira do espelho d’água, acessos ao público e iniciativas sustentáveis que possibilitem desenvolver pequenos negócios, além do fomento à prática de esporte, lazer e cultura. É simples, por meio da consulta pública, a forma de contribuir com opiniões para a melhoria dos 38 quilômetros de margens do Lago Paranoá — que passarão por intervenções.

[Olho texto='”Na consulta pública, normalmente contribuem com sugestões pessoas mais técnicas, e a percepção desse público ajuda mais a elaborarmos um projeto coeso e focado no que a população realmente quer”‘ assinatura=”Luiz Otávio Rodrigues, secretário adjunto de Gestão do Território e Habitaçãoesquerda

O interessado deverá preencher um cadastro com nome, CPF, e-mail, endereço e profissão. No caso de empresas, são requisitados razão social, CNPJ, e-mail, região administrativa e ramo de atuação.

Os cadastrados terão acesso à minuta do termo de referência que subsidiará um edital de concurso público internacional, o Masterplan, para escolher os escritórios de arquitetura e urbanismo que desenvolverão os projetos na orla.

De acordo com o secretário adjunto da Secretaria de Gestão do Território e Habitação, Luiz Otávio Rodrigues, a ampliação do prazo permitirá que o governo tome decisões mais próximas do que deseja a população. “Na consulta pública, normalmente quem contribui com sugestões são pessoas mais técnicas, e a percepção desse público ajuda mais a elaborarmos um projeto coeso e focado no que a população realmente quer”, diz.

Enquete conta com 2,7 mil participações

Outra forma de participação popular é por meio de enquete. De 8 de dezembro de 2016 — quando o Plano Orla Livre foi lançado pelo governador Rodrigo Rollemberg — até quarta-feira (4), 2,7 mil pessoas haviam respondido ao questionário disponível no site www.orlalivre.df.gov.br. A enquete ficará no ar até o governo entender que já há número satisfatório de colaborações.

[Numeralha titulo_grande=”231,7 mil m²” texto=”Área devolvida à população às margens do Lago Paranoádireita

A participação pela internet é simples. Qualquer pessoa pode responder às 15 perguntas que abordam temas como limpeza, segurança e instalação de pontos de lazer e cultura. Para isso, basta clicar no ícone Participe da Enquete. O que você quer na orla?.

Desobstrução da orla

As intervenções do Plano Orla Livre são possíveis graças às operações do governo de Brasília para desobstruir áreas ocupadas irregularmente. Desde o início de 2015, ações coordenadas pela Agência de Fiscalização (Agefis) nas margens do Paranoá devolveram à população 231,7 mil metros quadrados de terras públicas. Em todo o DF foram mais de 11 milhões de áreas desocupadas.

O plano contempla ações de curto, médio e longo prazos. A construção da trilha de 6,5 quilômetros que ligará o Parque da Asa Delta, na QL 12 do Lago Sul, ao Parque Península dos Ministros, já foi iniciada. Ela será toda pavimentada, sinalizada e será compartilhada por ciclistas e pedestres.

Por determinação do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), as intervenções no local foram suspensas em 29 de dezembro de 2016, mas a Procuradoria-Geral do DF ingressará com recurso para tentar reverter a decisão.

Edição: Vannildo Mendes