10/01/2017 às 11:14, atualizado em 10/01/2017 às 16:05

Criação do Biotic impulsiona o setor tecnológico no DF

Governador sanciona lei que cria o empreendimento na manhã desta terça-feira (10). Parque terá capacidade para abrigar 1,2 mil empresas

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília

Com foco em inovação, tecnologia da informação, biotecnologia e comunicação, foi criado oficialmente o Biotic — Parque Tecnológico, com capacidade para abrigar cerca de 1,2 mil empresas. O governador Rodrigo Rollemberg sancionou a lei de criação do empreendimento nesta terça-feira (10), no Salão Nobre do Palácio do Buriti.

A lei altera a publicada em 2002, que previa a instalação apenas de empresas ligadas às áreas de tecnologia da informação e telecomunicações e dava o nome ao local de Capital Digital. Agora, como Biotic, amplia-se o escopo do empreendimento com a possibilidade do desenvolvimento da biotecnologia. “Nós estamos falando de um parque no centro do bioma Cerrado, que detém uma das maiores biodiversidades do planeta”, destacou o governador. “Eu sempre acreditei muito na vocação de Brasília como um grande centro de desenvolvimento científico e tecnológico.”

O próximo passo para a instalação do parque, segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Júlio César Reis, é a contratação, em fevereiro, do agente financeiro que será responsável pelo fundo de investimento do empreendimento. “É um parque tecnológico com gestão totalmente privada”, disse.

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A previsão é que em junho já seja lançada a primeira oferta pública de ações para investidores interessados e, em novembro, comece a construção do primeiro bloco onde serão instaladas essas empresas.

O governo de Brasília, no entanto, já está construindo o prédio onde ficarão a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e a governança do Biotic. Já funcionam no local os centros de processamento de dados do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e uma subestação da Companhia Energética de Brasília (CEB).

A expectativa, segundo a Terracap, é que sejam criados mais de 25 mil empregos diretos com a instalação do parque. O local será administrado pelo fundo de investimento e ocupará uma área de 1,2 milhão de metros quadrados, entre a Granja do Torto e o Parque Nacional de Brasília. A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) vai entrar com o espaço, avaliado em cerca de R$ 1,4 bilhão. “A partir do momento em que o fundo for criado, a Terracap aporta o imóvel no fundo e passa a ser uma investidora”, explicou o presidente.

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Principal empreendimento do governo de Brasília na área de ciência, tecnologia e inovação, o Biotic integra a lista de locais prioritários do Executivo local para firmar parcerias com a iniciativa privada. A expectativa é que investidores privados somem um aporte de R$ 1,6 bilhão.

A concepção do Biotic foi elaborada pela Terracap em parceria com a Federação das Indústrias do DF (Fibra) e a Secretaria Adjunta de Ciência, Tecnologia e Inovação, da Casa Civil.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) assinou um termo de cooperação, em outubro de 2016, demonstrando interesse em participar do negócio. “A Embrapa é uma grande empresa âncora, e ela serve de atrativo para que outras se instalem no parque”, comemorou Reis. “O Biotic apresenta uma alternativa à matriz econômica do Distrito Federal, que está sobretudo focada em serviços públicos.”

Edição: Vannildo Mendes