11/01/2017 às 19:36, atualizado em 11/01/2017 às 20:08

Rollemberg pede apoio da CGU para continuidade de Corumbá 4 na parte de Goiás

Novo sistema para abastecer o DF e cidades do entorno é feito em parceria pelas companhias de saneamento das duas unidades da Federação. Sob investigação, intervenções de responsabilidade da estatal goiana foram paralisadas

Por Amanda Martimon, da Agência Brasília

Para dar celeridade às obras das estações de captação e de tratamento de água do Sistema Produtor Corumbá 4, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e o vice de Goiás, José Eliton, pediram apoio do ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, Torquato Lorena Jardim, na tarde desta quarta-feira (11), na sede da pasta. Eles buscam uma solução para que os trabalhos — que avançam no lado do DF — sejam retomados em Goiás.

A construção do novo sistema é feita em parceria entre a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e a Saneamento de Goiás (Saneago). Porém, as intervenções sob responsabilidade do estado vizinho estão interrompidas após recomendação do Ministério Público Federal (MPF) na Operação Decantação, que investiga ilícitos em contratos e licitações da estatal goiana.

“Fomos pedir o apoio da Controladoria junto ao MPF para que as obras da elevatória de Corumbá [que bombeará a água], de responsabilidade de Goiás, possam ser retomadas em função da necessidade dessa obra para o abastecimento em Brasília e na região do Entorno Sul”, explicou Rollemberg. O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União participou da operação, que é conjunta com o MPF e a Polícia Federal, e por isso foi acionada pelos governadores.

[Olho texto='”Fomos pedir o apoio para que as obras da elevatória de Corumbá, de responsabilidade de Goiás, possam ser retomadas em função da necessidade dessa obra para o abastecimento em Brasília”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasíliaesquerda

O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, destacou, após a reunião, que as obras no DF avançam normalmente. “Nossa expectativa é entrar em operação no segundo semestre do ano que vem.” De acordo com a estatal, do que compete à área distrital, estão finalizadas 70% das obras na estação de tratamento e 68% da adutora. O presidente da Saneago, José Carlos Siqueira, também participou da reunião. No último balanço da empresa, as obras da estação de captação estavam em 60%, e as da adutora, em 90%.

O reservatório de Corumbá 4 deverá abastecer, em 2018, 1,3 milhão de pessoas em residências do Distrito Federal e de Goiás. Ele terá capacidade para tratar 2,8 metros cúbicos de água por segundo. Para o DF, a construção custa R$ 275 milhões e conta com financiamento da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

Edição: Vannildo Mendes