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20/01/2017 às 15:01, atualizado em 01/02/2017 às 14:14
Equipe de trabalho aproveita intervalos entre pancadas de chuvas para seguir com o serviço
As obras da ciclovia na orla do Lago Paranoá foram retomadas na manhã desta sexta-feira (20). Apesar de as equipes da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) estarem mobilizadas desde ontem, somente com o tempo firme de hoje foi possível prosseguir com o serviço. A construção dos 6,5 quilômetros de pista para bicicletas ligando os Parques da Asa Delta e Península Sul está liberada desde o dia 17, quando o recurso da Procuradoria-Geral do Distrito Federal foi aceito e o Tribunal de Contas do DF cancelou a suspensão que durava desde 9 de janeiro.
A expectativa é pavimentar um trecho de até 1,5 quilômetro com a massa asfáltica. Uma extensão maior, de 4,6 quilômetros, já foi terraplanada. Para o serviço de retomada foram destacadas 18 pessoas. Sessenta toneladas de massa asfáltica foram preparadas para a pavimentação de hoje.
Em virtude de o solo estar mais seco, o trabalho recomeçou próximo ao Parque da Asa Delta. De acordo com os técnicos, não influencia no andamento do trabalho o lado pelo qual as obras ocorrem, o que pode dificultar são as pancadas de chuva, assim como já havia explicado o secretário adjunto da Casa Civil, Fábio Pereira, quando destacou que a execução leva em conta o quanto o solo está encharcado devido às condições meteorológicas.
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos ressaltou que todos os licenciamentos ambientais foram expedidos, uma vez que o argumento usado para interromper a construção era que a ciclovia está em área de preservação permanente e sem os estudos necessários. A obra segue, porém, o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, desenvolvido pela pasta de Infraestrutura e aprovado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
[Numeralha titulo_grande=”60″ texto=”Quantidade de toneladas de massa asfáltica usadas hoje (20)direita
Para garantir a retomada dos trabalhos, o governo de Brasília também apresentou documento da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), atestando que as intervenções não causaram rompimento na rede de esgoto da região, como foi apontado pela ação dos moradores do Lago Sul, proponentes da suspensão das obras.
O governo trabalha na recuperação na orla do Lago Paranoá desde 24 de agosto de 2015, quando começaram as desocupações em 23 lotes da QL 12 do Lago Sul, na Península dos Ministros. Lá, foram retirados 2.373 metros de cercas e alambrados, 170 metros de grades, 15 metros de muros de arrimo, 120 metros de balaústres de concreto e 40 metros de chapas metálicas.
A retomada de áreas invadidas é feita em etapa única, e já foram devolvidos ao poder público 231.174 metros quadrados, de 134 lotes, do total de 439. No acordo firmado com o Ministério Público do DF e Territórios, foi estipulado prazo de dois anos para o fim da desocupação.
O conjunto de ações para revitalizar os 38 quilômetros de orla do Lago Paranoá integra o Plano Orla Livre, lançado em 8 de dezembro. O projeto está em consulta pública virtual até 15 de fevereiro para que a população opine sobre como ocupar o espaço.
Edição: Marina Mercante