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25/01/2017 às 11:26, atualizado em 31/01/2017 às 13:31
Ação do governo deve durar três meses. População das áreas abastecidas pela bacia passa por racionamento de água
Chácaras com uso desvirtuado e que desviam água da Barragem do Descoberto serão retiradas. Em meio à crise hídrica que levou o governo de Brasília a decretar situação de emergência — o reservatório opera com apenas 21,39% de sua capacidade, e a população por ele abastecida passa por rodízio no fornecimento —, teve início nesta quarta-feira (25) operação para remover os parcelamentos urbanos na região. O perímetro de atuação nessa ação, coordenada pela Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), é de 275.862.116,69 metros quadrados.
O que ocorre agora é uma intensificação nas ações. A Agefis reservou uma das quatro equipes de pronta resposta para ficar durante a semana na região do Descoberto. O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) também participa da operação. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do governo federal, vai atuar na retomada de chácaras tituladas — ou seja, que têm dono —, mas que serão desapropriadas por serem parcelamentos irregulares em área estritamente rural.
Como o objetivo principal da operação é superar a crise hídrica e garantir o abastecimento de água para os cerca de 1,8 milhão de habitantes que dependem da Barragem do Descoberto, a Agefis não segue a linha de só retirar ocupações irregulares erguidas a partir de 2014. Todos os que não seguirem a regra e parcelarem lotes urbanos, o que causa a impermeabilização do solo, serão retirados.
Edição: Paula Oliveira