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05/02/2017 às 14:51, atualizado em 06/02/2017 às 12:49
Passageiros precisam dos cartões Vale-Transporte ou Cidadão. Quem paga em dinheiro não consegue usar o benefício
A cada 100 pessoas que usam o transporte público de Brasília e fazem mais de uma viagem em até duas horas, 40 deixam de aproveitar o benefício da integração tarifária, que oferece menor valor nas passagens. Isso porque, ao pagar com dinheiro, o usuário gasta mais do que gastaria com os cartões Vale-Transporte ou Cidadão.
O valor máximo da passagem para quem tem um dos dois cartões é de R$ 5, mesmo que pegue até três trajetos de diferentes preços. Por exemplo, se alguém anda em uma linha circular interna, que custa R$ 2,50, depois opta pelo metrô, a R$ 5, e, por último, embarca em uma linha de curta duração, a R$ 3,50, o valor final de toda a viagem será de R$ 5, desde que pague com o cartão. Se essa mesma pessoa optasse por usar dinheiro, pagaria, pelos mesmos trajetos, R$ 11.
A integração pode ser feita em qualquer parada de ônibus e em terminais rodoviários do DF e funciona entre ônibus, micro-ônibus e metrô. O intervalo máximo entre as viagens é de duas horas. “Muitas pessoas, por desconhecerem como funciona, pagam em dinheiro e acabam perdendo o direito”, resume o secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno. A facilidade é regulamentada pelo Decreto n° 34.495, de junho de 2013.
De acordo com o secretário, a integração no DF é mais barata que em estados como Rio de Janeiro (R$ 5,55) e São Paulo (R$ 6,80). “E nós temos linhas com até 70 quilômetros de distância, o que não ocorre em outras cidades.”
No caso do Cartão Cidadão, qualquer pessoa pode adquiri-lo. Para isso, basta ir a um posto de atendimento do Sistema de Bilhetagem Automática do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), com RG e CPF. É necessária uma compra mínima de R$ 10 em créditos, válidos por 365 dias a partir do carregamento.
O Cartão Vale-Transporte é destinado a funcionários com direito ao recebimento do vale-transporte por parte do empregador, conforme a Lei nº 7.418, de 1985. No caso, a empresa é que deve acessar o site do DFTrans, em uma área exclusiva, e se cadastrar.
O governo de Brasília também investe em integração com o Entorno. Desde 14 de janeiro, passageiros de Luziânia (GO) têm a oportunidade de embarcar em um ônibus ao preço de R$ 2 na cidade goiana e seguir até o terminal do BRT em Santa Maria, onde começam a utilizar o sistema distrital de transporte. A medida, que faz parte do programa Circula Brasília, deve chegar gradualmente a outras cidades do entorno.
Edição: Marina Mercante