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06/02/2017 às 17:30, atualizado em 07/02/2017 às 09:26
Tema foi debatido com o ministro da Integração Nacional nesta segunda-feira (6) e será analisado pela equipe técnica da pasta. Estrutura está estimada em cerca de R$ 50 milhões
O governo de Brasília trabalha em um projeto para captação emergencial de água no Lago Paranoá, por meio de estrutura flutuante no reservatório. A proposta é captar 700 litros de água por segundo para reforçar o abastecimento nas regiões administrativas atendidas pela Barragem do Descoberto, que, até a última medição (às 13h30 de hoje), estava com 24,78% da capacidade. O tema foi apresentado pelo governador Rodrigo Rollemberg ao ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, nesta segunda-feira (6), na sede da pasta.
A medida é estimada em R$ 50 milhões, verba que o Executivo local pretende receber da União. “O ministério reconheceu a situação de emergência no DF. Solicitamos o apoio com R$ 50 milhões para construção de uma estação de tratamento emergencial, para fortalecer o abastecimento oriundo do Descoberto”, explicou Rollemberg. O governo local enviará um plano de trabalho para a área técnica da pasta, que avaliará a demanda.
Os recursos previstos são da Defesa Civil nacional, que tem orçamento específico para esse tipo de condições. O ministro não descarta a possibilidade de liberar toda a quantia necessária e disse que os recursos estão disponíveis da parte do Executivo federal. “Orientei para avaliarem o mais rápido possível para que a obra possa ser executada e dar segurança hídrica à população do DF”, destacou Barbalho. “Se os R$ 50 milhões estiverem enquadrados na situação de emergência, não haverá qualquer dificuldade na liberação.”
De acordo com a proposta, a captação será feita em uma balsa, e a água, direcionada para uma estação de tratamento por membranas em contêineres e bombeada para a rede que abastece. “Essa é uma obra que pode ser feita em 180 dias, já que a nossa dificuldade é exatamente para este ano. Estamos buscando alternativas para contribuir principalmente no período seco”, destacou Rollemberg. O projeto será coordenado pelo Escritório de Projetos Especiais, da Governadoria, e executado pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb).
[Olho texto='”Estamos fazendo mudanças estruturantes, que havia 16 anos não eram feitas”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasíliaesquerda
O Executivo local trabalha em outras medidas para melhorar o abastecimento, mas que precisam de intervenções a longo prazo. “Estamos fazendo mudanças estruturantes, que havia 16 anos não eram feitas”, acrescentou o governador. A Caesb também tem outro projeto no Lago, o Sistema Paranoá, que está licitado, mas aguarda a liberação de recursos da União para começar. O objetivo é captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá. No entanto, é uma obra com maior capacidade de vazão e diferente da emergencial proposta nesta segunda (6).
A previsão é de quatro anos para entrega e, quando pronta, atender cerca de 600 mil moradores do Paranoá, de São Sebastião, do Lago Norte, de Sobradinho, de Sobradinho II, dos condomínios do Grande Colorado e de Planaltina.
Em novembro passado, o governo de Brasília deu início às obras da represa do Bananal, que deve ficar pronta em um ano e levará água para moradores do Plano Piloto, do Cruzeiro e do Lago Norte — 170 mil pessoas. A capacidade de vazão é de 726 litros por segundo.
Outra obra em curso é a construção de sistema de captação e distribuição de água na Barragem de Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO). Com investimentos do DF, de Goiás e do governo federal, a previsão é que o reforço fique pronto no fim de 2018.
Edição: Marina Mercante e Raquel Flores