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07/02/2017 às 12:02, atualizado em 30/10/2017 às 16:35
Carretas com rejeito fizeram 554 viagens de 17 a 31 de janeiro. De acordo com o SLU, o desempenho está dentro do esperado
Nos primeiros 15 dias de operação, 14.303 toneladas de [tooltip title=”Materiais não reutilizáveis.” placement=”toprejeito[/tooltip] foram depositadas no Aterro Sanitário de Brasília, inaugurado em 17 de janeiro. Foram feitas 554 viagens de carretas que levaram para lá 23% do total coletado no DF.
Os números estão dentro do esperado pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU), de 900 a mil toneladas por dia aterradas, o equivalente a 40 carretas. O montante vem das usinas de tratamento do SLU no P Sul (Ceilândia) e na Asa Sul (Plano Piloto) e das áreas de transbordo de Brazlândia e Sobradinho.
“Esse primeiro mês é de avaliação do sistema, com vistas ao aperfeiçoamento”, explica a diretora-presidente do SLU, Kátia Campos. Segundo ela, a autarquia mantém diálogo com os catadores a fim de avaliar qualquer necessidade de adequações.
O lixo que chega ao aterro é diariamente compactado, o que, aliado a outras técnicas utilizadas no local, reduz o volume e evita a proliferação de animais. Um trator de esteira espalha e empurra o lixo para que o monte seja formado. O primeiro deles tem aproximadamente 5 metros de altura. Em seguida, o rejeito é compactado e coberto por terra, que também passa por compactação.
Não há catadores no aterro sanitário, já que o material encaminhado para lá não é mais passível de reciclagem. Na entrada das carretas, apenas os condutores desses veículos são autorizados a seguir. Outras pessoas que porventura estiverem acompanhando devem aguardar em uma sala de espera. De acordo com o SLU, entre a entrada e a saída, cada carreta gastou, em média, 21 minutos nessa primeira quinzena de funcionamento.
O Aterro Sanitário de Brasília tem 760 mil metros quadrados, dos quais 320 mil são destinados a receber rejeitos. A primeira etapa tem 110 mil metros quadrados e é fracionada em quatro células de aterramento. As obras das etapas seguintes serão feitas paralelamente ao início do funcionamento do local, de forma a evitar acúmulo de água da chuva e, consequentemente, de chorume. O aterro, que fica na DF-180, entre Ceilândia e Samambaia, foi projetado para comportar 8,13 milhões de toneladas de rejeitos e, com isso, ter vida útil de aproximadamente 13 anos.
[Box-Aterro]
A célula de aterramento onde vem sendo depositado rejeito desde a inauguração, em 17 de janeiro, tem 44 mil metros quadrados. O solo é formado por uma série de proteções para evitar a contaminação do lençol freático. A mais profunda tem 1,5 metro de terra compactada. Por cima dela, há uma manta de polietileno de alta densidade. Essas duas partes impedem que o chorume chegue ao solo.
A camada da superfície, de 50 centímetros de terra, é a que recebe rejeitos e protege a manta de possíveis danos, já que os caminhões passam por cima do material. Embaixo de tudo isso, existem drenos de captação de águas subterrâneas, que evitam rupturas motivadas pela pressão desse líquido.
“Estamos cumprindo a determinação legal de aterrar só rejeitos. Nossa expectativa é ampliar a coleta seletiva para todo o DF e, com a inauguração das centrais de triagem, continuar nessa linha”, diz Kátia Campos.
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Edição: Paula Oliveira