07/03/2017 às 15:56, atualizado em 14/09/2017 às 17:44

Professores e gestores de centros olímpicos do DF participam de capacitação da ONU

Curso, em parceria com secretarias do governo de Brasília, aborda metodologia de prevenção às drogas e à violência. Ideia é que docentes repassem informações a alunos

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília

Como afastar os jovens das drogas, como evitar que eles entrem na criminalidade e qual é o papel do esporte nessas intervenções? Essas e outras questões começaram a ser debatidas nesta terça-feira (7), durante capacitação de 22 professores e gestores de centros olímpicos e paralímpicos do Distrito Federal, no Ginásio Nilson Nelson.

O treinamento, coordenado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) — agência da Organização das Nações Unidas (ONU) —, segue até amanhã (8). “É basicamente um programa que colabora no combate à violência e à criminalidade por meio da prática esportiva”, explica o assistente de projetos da UNODC Rodrigo Araújo. Brasília é a primeira capital a receber essa iniciativa, firmada por meio de parceria com o governo local.

O responsável pelo Centro Olímpico do Setor O, Gerson Vieira, de 44 anos.

O responsável pelo Centro Olímpico do Setor O, Gerson Vieira, de 44 anos. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Responsável pela unidade do Setor O, em Ceilândia, Gerson Vieira, de 44 anos, relata que casos envolvendo drogas e criminalidade são recorrentes. Segundo ele, é um desafio diário para o educador mediar os conflitos. “O primeiro passo é não excluir ninguém, seja qual for a situação”, enfatiza o gestor. “A medida seguinte é acolher por meio do esporte e de suas premissas, como respeito, dedicação e cooperação”, completa.

Há quatro anos no centro olímpico, Gerson atuou durante mais de 20 anos como profissional de futebol. Bicampeão Brasileiro da Segunda Divisão com Gama e Brasiliense, o ex-zagueiro acredita que a atividade física é uma importante ferramenta para combater as mazelas da sociedade. “Quem pratica esporte não tem tempo e nem vontade de se envolver com o que não faz bem.”

Edição: Marina Mercante