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22/03/2017 às 11:00, atualizado em 22/03/2017 às 11:48
Período de seca permitirá a intensificação dos serviços, previstos para terminar ainda em 2017. Governador vistoriou os trabalhos nesta quarta-feira (22)
As obras do subsistema produtor de água do Bananal, no Parque Nacional de Brasília, estão 18% executadas. Acompanhando de perto e cotidianamente a situação hídrica em Brasília, o governador Rodrigo Rollemberg esteve no local na manhã desta quarta-feira (22).
Ele percorreu todo o canteiro até as margens do Ribeirão Bananal e confirmou que a conclusão segue prevista para o fim do período da seca, ainda em 2017. “É fundamental entregar o quanto antes essa obra para garantir o abastecimento da população.”
O presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice, considerou acelerado o ritmo do serviço. “No período de seca, pretendemos intensificar o trabalho”, enfatizou, ao explicar que algumas intervenções precisam ser feitas com tempo firme.
O Subsistema do Bananal é a primeira grande obra de captação de água no DF após 16 anosesquerda
A projeção é beneficiar cerca de 170 mil habitantes com o funcionamento da estrutura, na qual foram investidos R$ 20 milhões. A captação e adução do Bananal deverão ter capacidade para vazão média de 726 litros por segundo, com variação de 500 litros por segundo em setembro até o máximo de 750 litros por segundo de novembro de 2017 a maio de 2018.
De acordo com o projeto, o subsistema do Bananal se integra ao Santa Maria-Torto para reforçar o abastecimento em 11 regiões administrativas. As intervenções da primeira grande obra de captação de água no DF desde a Bacia do Pipiripau, há 16 anos, começaram em novembro de 2016.
A água será captada do Ribeirão Bananal e injetada na tubulação adutora que conduz água do Lago de Santa Maria à Estação de Tratamento de Água de Brasília.
O serviço está na fase de fundação para instalação da caixa hidráulica, que ligará a adutora nova à existente. Até o momento, foram concluídas as fundações da elevatória que direcionará a água para as adutoras do sistema Santa Maria-Torto.
A construção da estrutura da sala de bombas está avançada, e os blocos e as cintas da subestação foram concretados.
As regiões administrativas abastecidas pelo Sistema Santa Maria-Torto são Cruzeiro, Itapoã, Jardim Botânico, Lago Norte, Lago Sul, Paranoá, Plano Piloto, Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA)/Estrutural, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Sudoeste/Octogonal e Varjão.
A Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá. As obras aguardam apenas a liberação de recursos federais (cerca de R$ 480 milhões). Pelos próximos 40 anos, serão atendidas 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, nos condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville e em Sobradinho.
Além disso, será feita uma captação emergencial no Lago Paranoá, com a ajuda da União, com verba do Ministério da Integração Nacional. A cerimônia de transferência dos R$ 55 milhões para o início das obras ocorreu em 15 de março.
Outro empreendimento em curso é o Sistema Produtor Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO). Em parceria com o governo de Goiás, a construção, orçada em cerca de R$ 540 milhões, deve abastecer 1,3 milhão de pessoas nas duas unidades federativas. Porém, as intervenções sob responsabilidade do estado vizinho estão interrompidas após recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que investiga ilícitos em contratos e licitações da estatal goiana.
Edição: Marina Mercante