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29/03/2017 às 11:47, atualizado em 29/03/2017 às 20:17
Outras áreas, porém, tiveram resultado negativo. O número de desempregados chegou a 20%, de acordo com dados da PED, divulgados nesta quarta-feira (29)
A indústria de transformação no Distrito Federal registrou um pequeno aumento no índice de ocupações em fevereiro. Foram criados 2 mil postos de trabalho no setor, o que equivale a 4,5% do contingente.
Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED), divulgada nesta quarta-feira (29).
O documento é elaborado pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, em parceria com a Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com o estudo, a taxa de desemprego total em fevereiro chegou a 20%, referente a 322 mil pessoas — 10 mil a mais que o registrado em janeiro, quando o índice foi de 19,3%. Em fevereiro de 2016, foi de 16,3%.
Segundo a pesquisa, o aumento no número de pessoas sem emprego deve-se à pressão exercida pela entrada de novas pessoas no mercado de trabalho e à eliminação de 15 mil postos de trabalho, cerca de 1,2% do total. O resultado decorreu de reduções nos setores de serviços (-0,8%) e no comércio (-2,5%) e de estabilidade na construção civil.
“Percebemos uma pressão muito forte no mercado de trabalho com os jovens, forçados a entrar mais cedo porque os pais perdem os empregos”, explicou o subsecretário de Atendimento ao Trabalhador e Empregador, Antônio Vieira, presente no evento.
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Coordenadora da pesquisa e economista do Dieese, Adalgisa Amaral apresentou os dados e concordou com o subsecretário. “Os estudantes das famílias começam a procurar emprego e se enquadram como desempregados. Por isso, 41,5% da taxa correspondem a pessoas de 16 a 24 anos.”
Bruno de Oliveira Cruz, diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, observou que o número de pessoas ocupadas apresentou aumento nos últimos cinco meses, apesar do crescimento do desemprego. “O cenário dos últimos dois anos é de desalento, mas esses dados de novos empregos podem indicar uma recuperação até o fim do ano”, avaliou.
O estudo apresenta outras reduções no contingente de assalariados dos setores privado (-1,4%) e público (-1,7%). Em decorrência das diminuições nos empregos formais, o número de autônomos também aumentou no último mês (1,1%).
No caso de empregados domésticos, os índices mantiveram-se estáveis em relação a janeiro (1,2%). Nos últimos 12 meses, o aumento nesse tipo de atividade foi de 24,8%, dado reforçado pelo crescimento no número de ocupados sem carteira de trabalho assinada (18,5%, ou 15 mil) e na queda do índice de trabalhadores com carteira (-2,2%, ou -12 mil).
De acordo com a PED, em 12 meses, houve aumento do rendimento médio real dos ocupados (6,8%) e dos assalariados (7,6%), os quais passaram a equivaler a R$ 3.221 e R$ 3.559, respectivamente. Para os trabalhadores autônomos, o rendimento médio real ficou estável: R$ 1.890.
Acesse a íntegra da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) de fevereiro.