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29/03/2017 às 20:54, atualizado em 08/05/2017 às 19:26
O chefe da Casa Civil do DF comentou a movimentação do Sindicato dos Professores nesta quarta (29) e reforçou que, só neste ano, recebeu os manifestantes nove vezes para tratar das reivindicações da classe
O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, avaliou como violenta e antidemocrática a atitude do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) de fechar as seis vias do Eixo Monumental por cerca de oito horas nesta quarta-feira (29). “A cidade não pode parar por uma atitude intimidadora de uma categoria”, disse o representante do governo, em entrevista coletiva na noite de hoje.
Sampaio definiu o ato como extremo e destacou as consequências para os cidadãos que passam pelo local. “Muitas coisas podem acontecer com quem não tem nada a ver com isso, como uma pessoa enferma no meio do engarrafamento.”
Para ele, a postura não favorece nenhum sindicato que proceda dessa forma. Sampaio reforçou que o diálogo tem sido uma constante do governo para tratar das reivindicações da classe.
“Somente neste ano, recebemos o sindicato nove vezes. Não somos obrigados a agir mediante intimidação de uma categoria”, defendeu o chefe da Casa Civil.
[Olho texto='”Muitas coisas podem acontecer com quem não tem nada a ver com isso, como uma pessoa enferma no meio do engarrafamento”‘ assinatura=”Sérgio Sampaio, chefe da Casa Civilesquerda
Nesta quinta-feira (30), às 14 horas, o governo reúne-se novamente com uma comissão dos docentes. “Eles virão para continuarmos o que temos feito sempre: demonstrar nossas capacidades, onde podemos e não podemos avançar”, adiantou Sampaio.
Ele acrescentou que o orçamento do governo está comprometido pela crise, mas que o Executivo se esforça para atender outras demandas sem impacto econômico imediato.
No início da manhã desta quarta-feira (29), os professores grevistas ocuparam o gramado da Praça do Buriti. Por volta das 12 horas, fecharam as seis faixas da Via N1 do Eixo Monumental, onde permaneceram até pouco antes das 19 horas.
Algumas pessoas jogaram pedras no Palácio do Buriti, e houve tentativa de invadir o prédio. A Polícia Militar do Distrito Federal conteve o grupo, que permaneceu nas seis faixas da N1.
A paralisação da categoria começou em 15 de março, sob o argumento do não pagamento de reajustes salariais. Na segunda-feira (27), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios determinou que os grevistas retornem às atividades nas escolas da rede pública, sob pena de multa de R$ 100 mil diários ao sindicato caso a decisão judicial não seja cumprida.
Edição: Raquel Flores