31/03/2017 às 21:38, atualizado em 16/11/2017 às 22:15

Federação das Indústrias adere ao movimento Eles por Elas

Campanha da ONU promove reflexão sobre a responsabilidade dos homens na luta pela igualdade de gênero. Governador Rodrigo Rollemberg participou do evento na noite desta sexta-feira (31)

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília

O Sistema Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) aderiu ao movimento Eles por Elas, da ONU Mulheres — Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres. A solenidade ocorreu na noite desta sexta-feira (31), no mezanino da Torre de TV, no Eixo Monumental.

A campanha tem como objetivo alertar para a responsabilidade dos homens na luta contra a discriminação e por igualdade de gênero. “A construção de uma sociedade justa, solidária e generosa passa pelo reconhecimento de que as mulheres ainda sofrem com as diferenças de oportunidade e com a violência”, destacou o governador Rodrigo Rollemberg. O governo de Brasília integra o movimento desde 8 de março de 2016.

Rollemberg parabenizou o sistema Fibra por aderir à campanha e definiu como fundamental a integração da indústria a ela. “Assumir a responsabilidade de tentar fazer a diferença em uma cultura machista é um avanço que deve servir de exemplo para todo o setor”, acrescentou. “Parte desse problema só será resolvido com envolvimento de toda a sociedade”, concluiu.

[Olho texto='”A construção de uma sociedade justa, solidária e generosa passa pelo reconhecimento de que as mulheres ainda sofrem com as diferenças de oportunidade e com a violência”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasíliaesquerda

A gerente de programas ONU Mulheres no Brasil, Joana Chagas, reforçou que o objetivo é romper barreiras sociais que impedem o gênero feminino de usufruir de seus direitos humanos. “Este é um movimento de todas e todos. É a elaboração de uma visão compartilhada, que tem a justiça como foco”, alertou.

De acordo com Joana, a parceria com governo e indústria é essencial para pensar estratégias educacionais e de conscientização como chave de transformação cultural em todos os aspectos.

No âmbito da indústria, a proposta é conscientizar o setor para acabar com barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingir seu potencial social, político, econômico, profissional e cultural. “É triste que ainda haja tanta discriminação contra as mulheres, como no caso da igualdade salarial”, lamentou o presidente da Fibra, Jamal Bittar.

O titular da entidade assinou o termo de adesão ao lado da representante da ONU Mulheres. “É muito gratificante fazer parte de um movimento como esse”, definiu.

Além disso, a instituição reforça a necessidade de orientar jovens e adolescentes matriculados nas redes Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de educação sobre a importância do tema.

A entidade também se compromete a revisar o seu código de ética, que definirá diretrizes claras de conduta em que machismo e sexismo não sejam tolerados.

Em nome de todas as mulheres, foram homenageadas a colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg e as empresárias Clevane Ribeiro Pereira Valle, Janete Vaz, Kátia Amorim e Maria de Lourdes da Silva.

Edição: Vannildo Mendes