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26/04/2017 às 17:29, atualizado em 28/02/2018 às 14:19
Apesar disso, outras áreas apresentaram redução, e o número de ocupados ficou estável. Em um ano, foram criados 28 mil novos empregos na economia local, mas a procura foi maior
Com 13 mil pessoas ocupadas a mais, o setor de serviços foi uma das principais causas para que, em março de 2017, se mantivesse estável a taxa de empregados no mercado de trabalho de Brasília. A variação foi de 0,1% em relação a fevereiro.
Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego, divulgada nesta quarta-feira (26) no auditório da sede da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan).
Como os setores de comércio (-9 mil), de construção civil (-4 mil) e da indústria de transformação (-2 mil) apresentaram queda, o aumento das ocupações totais foi de apenas mil pessoas em março em relação ao mês anterior.
Mesmo com a variação positiva de ocupados, a taxa de desemprego passou de 20% em fevereiro (322 mil pessoas), para 20,7% em março (336 mil).
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Segundo a pesquisa, isso ocorreu porque chegaram 15 mil pessoas ao mercado de trabalho, para os mil novos postos criados de fevereiro para março.
Na avaliação do gerente de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Jusçânio de Souza, o quadro apresenta perspectivas positivas. “O aumento do desemprego assustou todos os brasileiros, mas vemos nos últimos meses aumento de postos de trabalhos, além do crescimento da renda em março”, explicou.
A perspectiva positiva é compartilhada pela coordenadora de pesquisas do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Adalgiza Amaral. Ela acredita que o aumento de renda e de postos é indicador de mudanças futuras.
“Quando há melhora ou piora no mercado, o emprego e desemprego demoram a reagir, mas estamos com mais dados positivos que negativos neste mês”, justificou a coordenadora.
[Olho texto='”O aumento do desemprego assustou todos, mas vemos nos últimos meses aumento de postos e da renda”‘ assinatura=” Jusçânio de Souza, gerente de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplandireita
A pesquisa também mostrou que o rendimento médio real dos ocupados e dos assalariados subiu 5% e 6,4%, respectivamente, de janeiro para fevereiro de 2017.
Apesar de os trabalhadores autônomos também terem crescimento de renda, a variação foi menor (0,6%).
A pesquisa também revelou as variações de março de 2016 até março de 2017. Em doze meses, o número de ocupados aumentou em 28 mil pessoas devido ao desempenho dos setores de serviços, com 27 mil novos postos de trabalho, e de comércio, com 4 mil.
No mesmo período, os setores de indústria de transformação (-3 mil), de construção (-4 mil) e da administração pública (-30 mil) tiveram redução. Com isso, o desemprego cresceu no período, deixando 75 mil pessoas a mais submetidas a essa condição.
Ainda assim, a chefe da Unidade do Observatório do Trabalho da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Luciana Neres, vê o aumento do número de vagas como positivo.
“Nos últimos 12 meses, mesmo que o índice seja modesto, o número de vagas está aumentando”, observou.
Edição: Vannildo Mendes