06/05/2017 às 01:23, atualizado em 06/05/2017 às 09:46

Demolição da Batcaverna é antecipada para segurança da comunidade

Previstos inicialmente para terminar neste sábado (6), trabalhos para derrubar toda a estrutura abandonada em Ceilândia foram prolongados e finalizados na noite de sexta (5)

Por Vinícius Brandão, da Agência Brasília

O governo de Brasília finalizou na noite dessa sexta-feira (5) a primeira etapa da demolição da Batcaverna, apelido dado a uma estrutura abandonada de 3,6 mil metros quadrados e cerca de 15 metros de altura na EQNN 18/20, em Ceilândia.

Como o local colocava em risco a segurança da comunidade, a derrubada total do esqueleto do prédio, prevista para terminar neste sábado (6), foi antecipada. Por isso, os trabalhos do segundo dia foram prolongados até serem concluídos, às 23h40. A operação tinha começado na manhã de quinta-feira (4).

Por motivos de segurança, a demolição teve de ser feita em etapas, do quinto pavimento para baixo. A próxima fase é limpar o terreno e destruir o subsolo.

Operação mobilizou 130 servidores de vários órgãos do governo

Às 9 horas de ontem, ao retomar as operações de quinta-feira, a Companhia Energética de Brasília (CEB) cortou a energia. Depois, a Polícia Civil começou um policiamento ostensivo na região para dar suporte aos 130 servidores que participaram da ação.

Para prevenir acidentes, o Corpo de Bombeiros Militar do DF vistoriou o esqueleto da edificação e deu apoio à Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e à Agência de Fiscalização do DF (Agefis), que executaram a demolição.

A Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, também assessorou os trabalhos e notificou a comunidade vizinha sobre a operação. A Administração Regional de Ceilândia forneceu ferramentas.

Comunidade vai participar da revitalização do local

O apelido Batcaverna é uma alusão à moradia sombria do herói dos quadrinhos Batman. O lugar, uma propriedade privada, estava degradado, malcheiroso e acumulava lixo, como vidro, móveis velhos, azulejos quebrados, garrafas, tijolos, roupas e plásticos. O risco de atrair o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, e outros animais era grande.

Segundo a Agefis, o ato demolitório ocorreu depois de feitas todas as notificações prévias cabíveis aos proprietários, que as ignoraram. Agora, as custas serão calculadas e encaminhadas a eles.

Demolir a edificação era uma antiga reivindicação dos moradores próximo ao local, que relatavam crimes na área, como tráfico de drogas, assaltos e estupros. Além disso, havia uma recomendação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios para derrubar a construção por ela desobedecer aos padrões urbanísticos.

Edição: Raquel Flores