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12/06/2017 às 15:39, atualizado em 13/06/2017 às 09:02
O objetivo é desenvolver ações que despertem o interesse dos alunos do ensino fundamental pelos estudos e, assim, fazer com que eles consigam a aprovação para o ensino médio
Cento e vinte professores e gestores das escolas públicas do DF participaram nesta segunda-feira (12) de oficina de capacitação para estimular jovens de 15 a 17 anos que estão em situação de defasagem no ensino fundamental. O objetivo é desenvolver ações que despertem o interesse dos alunos pelos estudos e, assim, fazer com que eles consigam a aprovação para o ensino médio.
A iniciativa é uma parceria da Secretaria de Educação do DF com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A aula de hoje ocorreu no Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação. Outros três encontros estão programados para este ano, ainda sem data definida.
Foram passadas aos professores novas propostas metodológicas para recuperar as aprendizagens desses alunos e elaborar uma estratégia de estudo que seja mais atrativa.
“A gente precisa urgentemente de estratégias para desenvolver a melhor maneira de tornar o estudo atrativo para esses jovens”Josceline Pereira, vice-diretora do Centro de Ensino Fundamental 3 da Estruturalesquerda
“A nossa tentativa é, a partir dessas oficinas, elaborar propostas de trabalhos com os alunos nessa faixa etária que estão retidos no ensino fundamental”, explica o chefe da área de Educação da Unicef, Ítalo Dutra.
Segundo o secretário de Educação, Júlio Gregório Filho, essas oficinas são importantes para avaliar aspectos de sala de aula, de como o professor lida com o cenário que confronta. “É preciso atenção com o aluno defasado para que ele não lidere de maneira negativa nem acabe abandonando a escola”, pondera.
Para nortear as atividades, a Unicef convidou um grupo de professoras do Rio Grande do Sul responsável pelo Trajetórias Criativas. Em prática há seis anos em todo o estado gaúcho, o projeto tem obtido sucesso com aprovações em torno de 40% dos alunos.
A vice-diretora do Centro de Ensino Fundamental 3 da Estrutural, Josceline Pereira, soube da oficina por meio da Coordenação Regional de Ensino do Guará. Na escola, há seis turmas de 120 alunos que se encaixam nessa categoria. Segundo ela, a principal característica dos estudantes é a desestimulação.
“A gente precisa urgentemente de estratégias para desenvolver a melhor maneira de tornar o estudo atrativo para esses jovens. No geral, eles não se sentem nem um pouco interessados”, avalia a gestora.