16/08/2017 às 11:08, atualizado em 16/08/2017 às 12:04

Programa Cultura Educa é lançado nesta quarta (16)

Dividida em quatro eixos de ação, iniciativa vai beneficiar, até o fim do ano, cerca de 9 mil estudantes da rede pública com visitas pedagógicas a equipamentos culturais, como o Museu Vivo da Memória Candanga

Por Gabriela Moll e Guilherme Pera, da Agência Brasília

Criado para ampliar o acesso de crianças e adolescentes da rede pública de ensino à cultura do DF, o programa Cultura Educa deve atingir cerca de 9 mil estudantes até o fim do ano.

A iniciativa foi lançada na manhã desta quarta-feira (16), no Museu Vivo da Memória Candanga, e contou com a participação de 90 estudantes de 8 a 10 anos de escolas do Riacho Fundo e do Paranoá. Os alunos foram guiados pelo museu para práticas pedagógicas no local.

O programa da Secretaria de Cultura, com o apoio da pasta de Educação, é uma forma de organizar as ações que envolvam as duas frentes.

O fortalecimento dessa relação é fundamental, na opinião do secretário de Cultura, Guilherme Reis. “Vários alunos que participarão, certamente, nunca tiveram a oportunidade de entrar nos nossos museus”, disse após assinar a portaria de lançamento do programa.

Para o secretário de Educação, Júlio Gregório Filho, o aprendizado proporcionado por esse tipo de iniciativa é importante para sensibilizar sobre a preservação do patrimônio cultural da cidade. “É uma aula muito mais significativa do que aquela que ocorre dentro das salas de aulas, com os alunos sentados”, disse ao assinar a manifestação de apoio ao programa.

“Queremos organizar e promover a integração entre atividades financiadas pela sociedade e pelo governo, como uma forma de qualificar ações já existentes e criar novas”, aposta Gustavo Vidigal, assessor especial de Economia Criativa, da Subsecretaria de Políticas de Desenvolvimento e Promoção Cultural, da pasta de Cultura.

O projeto está organizado em quatro eixos de ação:

  • Novos públicos
  • Educação patrimonial
  • Criação e produção artística
  • Política e gestão cultural

Acesso aos equipamentos públicos

A sensibilização de novos públicos consiste em reduzir as barreiras de acesso entre a sociedade e os equipamentos culturais, o que será feito por meio de visitas com ações pedagógicas, como a que ocorreu na manhã desta quarta-feira (16).

“Outros exemplos são o programa que leva estudantes ao Cine Brasília para trazer discussões sobre filmografia para dentro da sala de aula e os Concertos Didáticos, da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro”, explica Vidigal.

Estimulado pela Portaria nº 265, 16 de agosto de 2016, o eixo de Educação Patrimonial prevê palestras e oficinas voltadas para jovens e adultos da rede para promover conhecimento sobre o patrimônio cultural imaterial do DF, como manifestações de cultura popular.

Competências de cunho técnico, a exemplo de produção musical, sonoplastia, figurino e cenografia, serão estimuladas na rede por meio do eixo Criação e Produção Artística. A primeira delas será com as três turmas do MedioTec, o programa de profissionalização de estudantes do ensino médio, do governo federal.

Em parceria com a Secretaria de Cultura, a pasta de Educação ofereceu formações em técnico de dança (19 vagas), técnico em canto (20 vagas) e técnico em conservação e restauro (20 vagas). As aulas ocorrerão em equipamentos públicos de cultura.

“Essa é uma forma de trazer a questão da cultura como profissão, aumentar a dimensão dos processos de criação para os estudantes, mostrar as possibilidades de atuar como agente cultural”, detalha o subsecretário.

A formação em política e gestão cultural tem como público-alvo produtores e gestores da área. Para qualificar a participação social nas políticas, a Secretaria de Cultura estuda parceria com a Universidade de Brasília para capacitar conselheiros regionais de cultura.

Além disso, a pasta negocia com o Sebrae atividades que abordam dimensão de gestão de recursos para produtores culturais. A parceria integra o projeto Território Criativo.

Edição: Paula Oliveira