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12/09/2017 às 18:03, atualizado em 14/09/2017 às 11:58
Obras do lado goiano foram retomadas em 4 de setembro. Na parte do Distrito Federal, trabalhos seguem e estão 68% executados
Os testes de captação de água no Lago Paranoá se iniciaram em 11 de outubro, e não serão feitos a partir do dia 20, conforme havia sido informado pela Caesb.
Retomada em 4 de setembro, a parte goiana das obras do Sistema Produtor Corumbá está com a estrutura de captação de água 60% executada e com 97% da adutora construída.
A entrega está prevista para dezembro de 2018. A partir dessa data, terá início uma fase de três meses de testes.
De acordo com a Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) — responsável pelas intervenções naquele estado e pelo anúncio da volta das obras —, até o fim do mês, cerca de 100 funcionários vão trabalhar no local durante a semana.
Nesta terça-feira (12), o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Maurício Luduvice, acompanhou o ritmo dos trabalhos do governo de Goiás.
Segundo ele, Corumbá dará vazão a cerca de 30% do total captado hoje no DF. “Sem racionamento, a Caesb capta 9 mil litros de água por segundo, enquanto que, só em Corumbá, serão 2,8 mil. São obras fundamentais”, disse Luduvice.
O orçamento é de R$ 540 milhões, divididos de forma igualitária entre Distrito Federal e Goiás. No estado vizinho, as obras foram liberadas em 11 de maio, depois de terem ficado embargadas por suspeita de superfaturamento.
As obras do Sistema Produtor Corumbá são fruto de um consórcio entre DF e Goiás. Cabe à Caesb a construção da Estação de Tratamento de Água, em Valparaíso (GO), e de 15,3 quilômetros de adutora. Isso está 68% executado.
Os 12,7 quilômetros restantes, a captação e a estação de bombeamento, em Luziânia (GO), são de responsabilidade da Saneago. “Falta fazer a rede de energia e o acabamento da captação”, informou o presidente da Saneamento de Goiás, Jalles Fontoura.
O caminho da água começa no Lago Corumbá 4, em Luziânia (GO), passa pela estação de bombeamento e vai para a de tratamento. De lá, segue para os locais que abastecerá.
Corumbá dará vazão a cerca de 30% do total captado hoje no DFesquerda
As regiões administrativas do DF que vão receber a água serão Gama e Santa Maria, em um primeiro momento; depois, Planaltina, Recanto das Emas e Riacho Fundo. Quatro municípios goianos do Entorno fecham a lista: Cidade Ocidental, Luziânia, Novo Gama e Valparaíso.
As intervenções vão beneficiar cerca de 1,3 milhão de pessoas — 650 mil no Distrito Federal e 650 mil em municípios goianos do Entorno — no início da operação do sistema. Em uma segunda etapa, esse número vai chegar a 2,5 milhões, metade em cada unidade da Federação.
Serão captados 2,8 mil litros de água por segundo na primeira etapa dos trabalhos, sendo 1,4 mil para o DF e 1,4 mil para Goiás. Em um segundo momento, para além de 2018, chegará a 5,6 mil litros por segundo, metade para cada um.
Em ritmo mais acelerado está a construção do Subsistema Produtor do Lago Norte. Na segunda-feira (11), começam a ser feitos testes de captação no Lago Paranoá. As obras estão 80% executadas e com previsão de entrega para 2 de outubro.
O investimento ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo do inicialmente estimado — R$ 49.437.958. O Ministério da Integração Nacional liberou R$ 55 milhões para as obras — a diferença volta para a pasta federal.
Serão captados 700 litros de água por segundo no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura vai ficar na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma estação compacta de tratamento de água, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias.
Depois, a água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais abastecidos serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho II e Taquari. O fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Produtor Santa Maria-Torto.
A Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480 milhões — o governo de Brasília negocia financiamento com a Caixa Econômica Federal.
O Sistema Produtor Paranoá vai atender 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, em Sobradinho e nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville.
Com entrega também prevista para outubro, as obras do Subsistema Produtor do Bananal estão 67% executadas. A elevatória 1 e a captação estão prontas, e a elevatória 2, em processo de finalização. Todos os equipamentos e materiais já foram comprados e se encontram no canteiro da obra.
O Bananal significa um reforço de 726 litros por segundo para o Sistema Produtor Santa Maria-Torto. O investimento é de R$ 20 milhões, do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, do Banco do Brasil.
Cerca de 170 mil pessoas serão beneficiadas com as intervenções, que incluem captação no Ribeirão Bananal e bombeamento para a Estação de Tratamento de Água de Brasília.
No fim de março, a Caesb reativou a captação no Rio Alagado, no Gama. São 20 litros por segundo, que beneficiam cerca de 16 mil pessoas na região. Foram recuperados 4 quilômetros de trechos da adutora e instalada uma válvula redutora de pressão. A água captada passa por um tratamento simplificado e é encaminhada para a própria rede de distribuição.
Ainda no Gama, cerca de 15 mil moradores são abastecidos pelo Córrego Crispim desde novembro de 2016. São captados 40 litros por segundo desde a reativação de 3 quilômetros de adutora e a construção de mais 180 metros de redes. A água é tratada e encaminhada para o Reservatório do Gama.
Nas proximidades do Jardim Botânico e no Lago Sul, a captação do Córrego Cabeça de Veado — que desemboca no Lago Paranoá e complementa o abastecimento nas duas regiões administrativas — foi aprimorada. Quatro bombas para essa finalidade foram revitalizadas. Isso possibilitou o aumento da vazão de captação no córrego de 110 litros para 150 litros por segundo.
Outra medida foi a ativação de um poço, em São Sebastião, com capacidade de produção de 10 litros de água por segundo. A estrutura beneficia aproximadamente 4 mil pessoas.
Edição: Raquel Flores