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16/09/2017 às 16:10, atualizado em 18/09/2017 às 10:44
No vazio sanitário, que dura até 20 de outubro, cultivo da leguminosa é interrompido para evitar doença que deforma as folhas e danifica os grãos. Multas para quem descumprir a medida variam de R$ 15 mil a R$ 50 mil
A partir de quarta-feira (20), produtores rurais do Distrito Federal devem eliminar todas as plantas vivas de feijão. O vazio sanitário da leguminosa tem o objetivo de prevenir a incidência da mosca-branca, vetor do vírus causador do mosaico dourado. A doença causa amarelecimento e deformação das folhas e dano aos grãos.
O impedimento do plantio dura um mês — até 20 de outubro. Esse período é suficiente para a quebra do ciclo reprodutivo da mosca-branca (nome científico Bemisia tabaci), que tem pico populacional em época de altas temperaturas e baixa umidade. Assim, o vírus Bean gold mosaic virus (BGMV) não é transmitido e não se alimenta da planta.
[Numeralha titulo_grande=”3 mil” texto=”Quantidade de hectares que serão fiscalizados pela Secretaria da Agricultura do DFesquerda
Equipes da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural vão percorrer cerca de 3 mil hectares, em 40 propriedades com o cultivo de feijão, a partir do dia 20.
Se comprovado o descumprimento da medida, o agricultor está sujeito a multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil e à obrigatoriedade de eliminar todos os pés da planta. A punição está prevista na Lei nº 4.885, de 11 de julho de 2012.
A erradicação temporária pode ocorrer de forma química, por meio da aplicação de herbicidas, ou mecânica, com o uso de maquinário para remexer o solo.
[Olho texto='”É fundamental a adesão de todos, para evitarmos a proliferação do mosaico dourado. O vírus causa grandes perdas em produtividade à lavoura”‘ assinatura=”Marília Angarten, gerente de Sanidade Vegetaldireita
A região leste de Brasília é a que concentra o cultivo de feijão irrigado por pivô central. As áreas produtivas ficam nos núcleos rurais de Planaltina, do Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF), do Rio Preto e de Tabatinga.
Em 2016, apenas quatro propriedades foram autuadas. “É fundamental a adesão de todos para evitarmos a proliferação do mosaico dourado. O vírus causa grandes perdas em produtividade à lavoura”, explica a gerente de Sanidade Vegetal, da Secretaria da Agricultura, Marília Angarten.
O período é de impedimento também para a soja, como forma de evitar a proliferação da ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. O mal é a principal causa de perdas na lavoura, uma vez que leva ao amarelecimento precoce de folhas e caule e prejudica o enchimento dos grãos.
Em caso de suspeita de descumprimento do vazio sanitário, deve-se alertar a pasta da Agricultura. Denúncias podem ser feitas pelo telefone (61) 3051-6422 ou por meio do endereço eletrônico gsv.defesa.seagri@gmail.com.
Edição: Raquel Flores