27/09/2017 às 10:26, atualizado em 27/09/2017 às 19:19

Brasília teve 14 mil desempregados a menos em agosto

Queda comparada a julho é a quinta consecutiva do ano. Constatação foi registrada na PED, conforme divulgado nesta quarta (27). A construção civil foi um dos setores que mais empregaram

Por Cibele Moreira e Larissa Sarmento, da Agência Brasília

O desemprego no Distrito Federal apresentou queda pelo quinto mês consecutivo. Em agosto, houve redução de 0,8 ponto porcentual — de 19,5% para 18,7% — em relação a julho. Os números representam 14 mil desempregados a menos de um mês para o outro.

As informações constam da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (27). Os dados foram apresentados no auditório da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, no Setor Comercial Sul.

O levantamento é feito pela pasta, a Codeplan e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (Seade-SP).

A PED de agosto indica aumento de 4 mil pessoas empregadas em relação a julho, com 1.328 postos ocupados no último mês. Segundo os setores de atividade econômica analisados, cresceram o comércio (2,6%) e a construção civil (3,5%).

Nos serviços (-0,3%) e na indústria de transformação (-2,0%), constataram-se relativa estabilidade, e a administração pública, por sua vez, aumentou 3,3%.

Programas do governo ajudaram a diminuir o desemprego

Ainda de acordo com o balanço, a quantidade de carteiras assinadas subiu 2,2%, e a de autônomos teve redução de 3,5%.

Segundo o secretário adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, a pasta desenvolveu ações no sentido de diminuir o desemprego, uma das prioridades do governo.

Entre elas, citou o Qualifica mais Brasília e o Prospera, além da maior aproximação do Estado com os empregadores, o que resultou em novos processos seletivos nas agências do trabalhador.

O presidente da Codeplan, Lucio Rennó, que acompanhou a apresentação, ressaltou crescimento dos inativos — jovens que deixam de procurar emprego porque a renda familiar permite que eles voltem a estudar. “A renda dos mais pobres ou estabilizou ou cresceu.”

A coordenadora da PED pelo Dieese, Adalgiza Amaral, destacou o aumento da formalização do trabalhador. “De julho para agosto foram mais 12 mil postos com carteira assinada. A gente não via um crescimento assim desde o início do ano”, completou.

Comportamento em 12 meses

De agosto de 2016 a agosto de 2017, a taxa de desemprego total aumentou, ao passar de 17,4% para 18,7%. No entanto, o nível de ocupação aumentou 4,1% — resultado de acréscimos no comércio (9,6%), nos serviços (1,9%) e na indústria de transformação (22,5%).

Em 12 meses, registrou-se estabilidade na construção civil (-1,7%), e a administração pública, por sua vez, decresceu (-9,7%).

Quanto à posição na ocupação, o contingente de assalariados elevou-se, com aumento de 5% no setor privado e com 0,7% no setor público.

Acesse a íntegra da Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF – Agosto 2017.

Edição: Raquel Flores