20/10/2017 às 11:31, atualizado em 26/10/2017 às 14:19

Adasa autoriza ampliação do racionamento, mas medida ainda não será adotada

Técnicos da Caesb acompanham a evolução dos níveis do Reservatório do Descoberto. Companhia esclarece que, se decisão for necessária, será amplamente divulgada com antecedência

Por Guilherme Pera, da Agência Brasília

A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) autorizou a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) a ampliar o período de rodízio de fornecimento de água de 24 para 48 horas semanais, mas ainda não há previsão para o início desse aumento.

[Olho texto='”Não há uma decisão ainda. E, quando houver, seguirá critérios absolutamente técnicos”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasíliadireita

Segundo a Caesb, já existe um plano estruturado para ser colocado em prática, caso necessário. Em nota oficial, a companhia garante, no entanto, “que, neste momento, o rodízio não será ampliado” e que “a decisão será amplamente divulgada e com antecedência”.

O governador Rodrigo Rollemberg ressaltou, nesta sexta-feira (20), que não há previsão para ampliar o racionamento. “Não há uma decisão ainda. E, quando houver, seguirá critérios absolutamente técnicos”, disse, durante o lançamento da estação solar da Guariroba, em Ceilândia.

A autorização da Adasa está na Resolução nº 23, publicada nesta sexta (20) no Diário Oficial do DF.

Captação do volume morto do Descoberto

Responsável pelo fornecimento de água de mais de 60% do DF, o Reservatório do Descoberto está com o nível em apenas 10,5%.

Como a chuva não tem aparecido, a Adasa autorizou ainda, na Resolução nº 24, também publicada hoje (20), a Caesb a utilizar R$ 6,25 milhões para a captação do volume morto do principal manancial de seu sistema. São R$ 5 milhões da tarifa de contingência e R$ 1,25 milhão (25% de reserva adicional).

Outros R$ 15 milhões (R$ 12 milhões da tarifa de contingência e R$ 3 milhões de 25% de reserva adicional) poderão ser usados para a construção da adutora e elevatória Olhos d’Água (R$ 7 milhões), da adutora e elevatória Alagado (R$ 4,5 milhões) e da elevatória Ponte da Terra (R$ 500 mil). Todas essas estruturas ficam no Subsistema Gama, parte do Descoberto.

Além disso, a Adasa determinou a suspensão da captação superficial em dias pares nos córregos Chapadinha, Olaria, Capão Comprido, Rodeador e Ribeirão das Pedras, afluentes do Descoberto. O objetivo é reduzir de todos os modos a perda de água na região.

Para tratar desses assuntos, a Caesb convocou uma entrevista coletiva para esta sexta-feira (20), às 15 horas, no auditório da sede da companhia (Avenida Sibipiruna, Lotes 13/21, Águas Claras).

Edição: Marina Mercante