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06/11/2017 às 13:56, atualizado em 06/11/2017 às 16:48
Capacitação, que começa na tarde desta segunda-feira (6), vai até sexta (10). Participantes terão aulas básicas de língua brasileira de sinais
Waldimar Carvalho da Silva, de 42 anos, já precisou usar caneta e papel para se comunicar com um militar durante uma abordagem policial. Foram alguns minutos até que o homem, que é surdo, conseguisse entender o que precisava fazer durante a ação. Ele já teve amigos levados à delegacia pelo simples fato de não conseguirem se expressar nessa situação.
Problemas assim motivaram a Polícia Militar a criar o curso de abordagem a pessoas com deficiência auditiva da corporação. As aulas da primeira turma, com 15 alunos das diversas áreas da corporação, começam nesta segunda-feira (6) e vão até sexta (10).
Para o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Antônio Nunes, a novidade é uma forma de garantir dignidade e o direito à segurança essas pessoas. “A abordagem é o começo de tudo”, avaliou, durante a aula inaugural da capacitação nesta manhã.
De acordo com ele, a expectativa é que a ação sirva de modelo para outras corporações dentro e fora do Distrito Federal.
“Essa é uma iniciativa muito importante por nos trazer a possibilidade de comunicação”, resumiu Waldimar Carvalho da Silva, diretor do Instituto Cultural, Educacional e Profissionalizante de Pessoas com Deficiência do Brasil (Icep-Brasil). Ele auxiliou a Polícia Militar na organização do curso.
Serão 30 horas de aulas, que ocorrerão sempre no período da tarde. A ideia é que os participantes sejam capacitados para repassarem o aprendizado em futuros cursos de formação de soldados e oficiais.
Na fase de preparação das aulas, que terão noções básicas de língua brasileira de sinais (Libras), a Polícia Militar fez pesquisas e aplicou questionários. A metodologia está sendo preparada desde junho do ano passado.
Edição: Paula Oliveira