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18/11/2017 às 09:06
Equipes da Vigilância Ambiental orientam interessados em alternativas sustentáveis para driblar a crise hídrica. Benon Peixoto, de 82 anos, utiliza o recurso para irrigar a horta de casa
Na 510 Norte, um sistema simples de captação da água da chuva deixa a horta do aposentado Benon Peixoto, de 82 anos, mais verdinha. O recurso hídrico é coletado por meio de uma calha canalizada até a caixa d’água de mil litros que serve de apoio para a irrigação das hortaliças.
Também na Asa Norte, um sistema de captação de água pluvial auxilia no cuidado com o jardim em frente a duas residências na Quadra 516. Três tonéis de 250 litros cada um foram ligados ao encanamento da calha da casa do militar aposentado Edil Argolo, de 54 anos, o que reduziu o custo da conta de água dele e do vizinho.
Os dois exemplos seguem recomendações da Diretoria de Vigilância Ambiental, da Secretaria de Saúde, para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus.
Em ambos os casos, o manuseio da água ocorre por uma torneira no fundo da caixa d’água e dos tonéis, evitando o abrir e fechar da tampa superior. Além disso, uma tela nos espaços abertos impede a entrada do inseto.
Segundo Benon Peixoto, o reservatório não só facilita na hora de molhar as plantas, como ajuda no estoque para o período da seca. Para garantir o maior aproveitamento da água, o aposentado também guarda o líquido em garrafas PET vedadas.
Edil Argolo garante que já sentiu a diferença no bolso, com uma economia de quase R$ 100 no fim do mês após a instalação da coleta pluvial. “Além de diminuir os gastos com a conta de água, aproveitamos um recurso que é totalmente desperdiçado na maioria das vezes”, relata o militar aposentado.
Recipientes de armazenamento doméstico, como barril, caixa d’água, tambor e tonel, podem ser foco do mosquito Aedes aegypti quando usados de forma inadequada.
Com o intuito de conscientizar a população para os riscos, equipes da Vigilância Ambiental orientam os moradores e fazem um trabalho mais direcionado.
“Agora a nossa maior preocupação é como as pessoas têm armazenado a água, principalmente nas regiões que enfrentam rodízio hídrico”, explica a agente da Vigilância Ambiental Rosangela da Conceição.
A recomendação é que toda a reserva de água da rede da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) seja feita em locais limpos e devidamente fechados — o uso de tela é indicado para maior segurança. É necessário ainda que se faça uma limpeza semanal com bucha e sabão.
No caso do estoque pluvial, as orientações são as mesmas do reservatório para fins domésticos, com a ressalva de que não se pode consumir essa água, mas utilizá-la apenas para lavar a área, irrigar o jardim e outros usos externos.
Edição: Marina Mercante