07/12/2017 às 12:11, atualizado em 30/04/2018 às 18:39

Lei Orgânica da Cultura é sancionada

Governador Rodrigo Rollemberg assinou o documento na cerimônia de reabertura do foyer da sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro

Por Samira Pádua, da Agência Brasília

A Lei Orgânica da Cultura do Distrito Federal (LOC) foi sancionada nesta quinta-feira (7) pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg. Elaborado pelo Executivo em parceria com a sociedade, o texto atende a uma demanda histórica da categoria de entes e agentes culturais.

Reabertura do foyer da sala Villa-Lobos, durante a celebração dos 30 anos de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade.

O foyer da sala Villa-Lobos do Teatro Nacional recebeu hidrante extra, sinalização de incêndio e divisórias para isolamento das entradas das salas do teatro. Gabriel Jabur/Agência Brasília

Inicialmente o local funcionará apenas para visitação turística. A partir de 2018, receberá as diretrizes para ocupação cultural. Poderá, então, abrigar mostras, saraus e lançamentos de livros, entre outros eventos.

Na terça-feira (5), para garantir a segurança dos visitantes, o Corpo de Bombeiros vistoriou as condições do foyer, que passou por reparos.

O espaço recebeu hidrante extra, sinalização de incêndio e segurança e divisórias para isolamento das entradas das salas do teatro.

Além disso, foi feita a troca dos vidros quebrados. As intervenções custaram R$ 41,5 mil, pagos pela Secretaria de Cultura.

Inicialmente o foyer da sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro funcionará apenas para visitação turística. A partir de 2018, receberá as diretrizes para ocupação cultural

“Estamos fazendo uma ampla entrega de espaços culturais. No início do ano que vem, entregaremos o Centro Cultural de Dança e o Espaço Cultural Renato Russo. Ainda no primeiro semestre, os Complexos Culturais de Samambaia e de Planaltina e, até o fim do ano, o Museu de Arte de Brasília”, enumerou o governador.

Edital busca parceria para captação de recursos e reforma do Teatro Nacional

Em 19 de outubro, o governo de Brasília lançou edital de chamamento público para parceria com entidade da sociedade civil. O objetivo é captar recursos e reformar outras áreas do Teatro Nacional.

O espaço foi projetado por Oscar Niemeyer na forma de pirâmide, sem ápice. As obras começaram em 1960, logo após a inauguração da cidade, com interrupção seis meses depois, em 1961.

Em 1966, a construção foi reiniciada, e a Sala Martins Pena, inaugurada. Dez anos depois, ela foi fechada para que o Teatro Nacional fosse concluído, o que ocorreu em 1981.

Lançamento do Prêmio José Aparecido de Oliveira

Lançado na manhã de hoje (7), o Prêmio José Aparecido de Oliveira teve as diretrizes publicadas no Diário Oficial do DF de terça-feira (5). As regras já estão alinhadas à Lei Orgânica da Cultura, e o edital de premiação deve ser lançado no início do ano que vem.

Suspenso desde 2013, o prêmio foi instituído em 2007 com o intuito de reconhecer trabalhos que contribuam para a preservação de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade.

O nome do concurso homenageia José Aparecido de Oliveira, que governou o DF de maio de 1985 a setembro de 1988.

Na gestão dele, em 1987, a área central da cidade foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan).

No mesmo ano, Brasília ganhou o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, conferido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Presente à cerimônia, a oficial de projetos do Setor de Cultura da Unesco, Isabel de Freitas Paula, relembrou a honraria. “É uma grande satisfação para nós a preocupação e todas as medidas que estão sendo tomadas, e todo o esforço para garantir as características originais que deram o título de patrimônio mundial a Brasília.”

Colaborou Larissa Sarmento.

Veja o pronunciamento do governador Rodrigo Rollemberg na solenidade em que foi sancionada a Lei Orgânica da Cultura do DF.

Edição: Marina Mercante