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30/12/2017 às 09:04
Orçamento do DF, somado aos repasses do Fundo Constitucional, totaliza R$ 42,4 bilhões para o próximo ano
A Lei Orçamentária Anual para 2018 foi sancionada e publicada em edição extra do Diário Oficial do DF dessa sexta-feira (29), com receita estimada de R$ 26,9 bilhões para o próximo exercício financeiro.
Desse total, R$ 13,3 bilhões são para pagamento de pessoal e encargos sociais, R$ 7,3 bilhões para custeio da máquina pública e R$ 2,6 bilhões para investimentos.
O valor leva em conta somente os recursos do Tesouro do DF, já que o montante estimado de R$ 13,7 bilhões do Fundo Constitucional do DF para as áreas da segurança pública, saúde e educação constam exclusivamente de Lei Orçamentária da União.
O orçamento alcança um total de R$ 40,6 bilhões para 2018, além de R$ 1,86 bilhão para investimentos nas estatais, alcançando R$ 42,4 bilhões.
Todas as emendas individuais propostas pelos deputados distritais do DF foram acatadas, totalizando R$ 453 milhões no orçamento do DF. Foram vetados recurso do Tesouro que seriam utilizados para cobrir o déficit do fundo financeiro do Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev).
Com o déficit solucionado, não foi preciso destinar recursos para o fundo financeiro do Iprevesquerda
Esse déficit foi sanado com a aprovação da Lei Complementar nº 932, de 2017, que promoveu a reunião dos atuais servidores em um único fundo, além de criar o fundo garantidor e a previdência complementar.
Desse modo, as receitas do Tesouro, que antes cobririam o déficit previdenciário, seriam redirecionadas – por meio da emenda nº 689 – para outras áreas do Estado que carecem de investimentos, como Saúde, Educação e Mobilidade, entre outras.
Como a emenda não foi votada, os recursos foram vetados na LOA de 2018, no aguardo do projeto de lei do Executivo que vai recompor o orçamento a ser votado em janeiro, conforme acordo de líderes.
A Lei Orçamentária detalha as receitas e despesas previstas pelo governo para o período de um ano, com base nas prioridades fixadas anualmente pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A construção da LOA leva em conta as propostas dos órgãos do governo e sugestões da sociedade enviadas em audiência pública presencial e on-line. Em 2017, foram 313 participações da população in loco, por e-mail e pelas redes sociais da Secretaria de Planejamento e do governo de Brasília.
Para manter os investimentos na cidade, o orçamento conta com recursos provenientes da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do próprio Tesouro, que financiam obras estratégicas do governo de Brasília.
A construção da LOA levou em conta as propostas dos órgãos do governo e sugestões da sociedade em audiência públicadireita
Entre essas obras estão as de enfrentamento à crise hídrica e as de mobilidade. Estão também os investimentos na educação, com construção de mais seis creches – que se somarão às 24 unidades já entregues – e escolas técnicas, em processo de licitação, para atender estudantes de Brazlândia, Paranoá e Santa Maria.
Novas operações de crédito estão previstas, como o Brasília Sustentável 2, para infraestrutura, no valor de 150 milhões de dólares e recursos para o Brasília Capital das Águas, no valor de 40 milhões de dólares de financiamento. As obras do Trevo de Triagem Norte e da Ligação Torto-Colorado também estão contempladas no orçamento.
Na Saúde, a LOA 2018 prevê orçamento para a finalização da obra do Hospital da Criança e para o novo modelo de gestão do Instituto Hospital de Base de Brasília, além de diversas UBS.
Na área social e de infraestrutura, o governo segue os investimentos em melhorias para a população do Sol Nascente, do Porto Rico e do Buritizinho, além de obras de drenagem pluvial, pavimentação e construção de calçadas em Vicente Pires.
O processo de elaboração do orçamento para 2018 começou em fevereiro de 2017, com o planejamento da LDO e envio do projeto da LOA 2018 para a Câmara Legislativa do DF, em setembro, com a participação popular presencial e virtual.
A previsão para a destinação dos recursos observou a evolução das receitas e despesas de 2015, 2016 e até junho de 2017, além das projeções elaboradas para o ano de 2018.