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19/01/2018 às 17:56, atualizado em 22/01/2018 às 12:38
Confirmação foi dada pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, em entrevista coletiva no Aterro Sanitário, que passa a operar na sua totalidade
“Não podíamos conviver com uma ferida aberta em plena capital do País, como o lixão da Estrutural, onde seres humanos buscavam sustento de forma indigna, colocando a vida em risco; isso será parte do passado desta cidade a partir de amanhã.” A declaração foi dada pelo governador Rodrigo Rollemberg em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (19), no Aterro Sanitário de Brasília.
Localizado entre Samambaia e Ceilândia, o espaço entrará em pleno funcionamento após a desativação do aterro controlado do Jóquei, conhecido como lixão da Estrutural, neste sábado (20).
O encerramento das atividades do lixão ocorre após quase 60 anos. Com aproximadamente 200 hectares, a área está próximo ao Parque Nacional de Brasília e a cerca de 20 quilômetros da Esplanada dos Ministérios. Integra, ainda, a lista dos 50 maiores depósitos de lixo a céu aberto do mundo.
Na entrevista, Rollemberg destacou que este é um momento histórico para a cidade e para o País e que o processo de desativação do espaço teve início com a formação de um grupo de trabalho interdisciplinar.
Reforçou que as ações ocorrem em diálogo com os catadores de material reciclável, o que, de comum acordo, levou o governo a adiar o fechamento antes previsto para o segundo semestre de 2017.
Nesse ínterim, o governo ampliou o valor pago às cooperativas por tonelada de resíduos separada nos galpões de triagem, passando de R$ 92 para até R$ 350.
[Olho texto='”A desativação do lixão da Estrutural cumpre rigorosamente a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com a incorporação dos catadores de forma digna, em um processo produtivo”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasíliaesquerda
Além do que receberão pela venda do material reciclável, como forma de compensar os catadores pela redução da demanda de resíduos, os profissionais cadastrados das cooperativas que trabalharem nesses galpões terão direito a uma ajuda financeira temporária de R$ 360,75.
A inclusão dos catadores também abrange a contratação de cooperativas para prestar serviços de coleta seletiva. Esse modelo é adotado desde maio de 2015, quando quatro grupos de catadores assumiram o trabalho em quatro regiões. Na terça (16), mais sete cooperativas assinaram contratos para prestar serviços de coleta seletiva em dez regiões do DF.
“O fechamento do lixão da Estrutural cumpre rigorosamente a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com a incorporação dos catadores de forma digna”, salientou Rollemberg.
De acordo com o governador, pelos próximos dez dias os resíduos da construção civil deverão ser destinados aos distritos rodoviários do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), para posteriormente seguirem para a área do já antigo lixão. Após o fechamento do espaço neste sábado (20), a área ficará restrita para o descarte desse tipo de resíduo.
Rollemberg destacou o papel da Agência de Fiscalização do DF (Agefis) nesse processo, com o Decreto nº 38.814, de 18 de janeiro de 2018, publicado no Diário Oficial do DF desta sexta-feira (19). “Isso quer dizer que a Agefis pode agora usar o seu poder de fiscalização para apreender caminhões que estejam jogando entulho ou lixo em locais inadequados”, explicou.
Com o lixão desativado, o governo vai estabelecer a destinação do terreno. “Vamos contratar estudos para isso. O espaço vai continuar recebendo os resíduos da construção civil até concluirmos as licitações para as áreas de triagem desses materiais”, completou o governador.
Edição: Marina Mercante