16/03/2018 às 09:04, atualizado em 16/03/2018 às 11:50

Emater presta assistência técnica a 120 escolas públicas por ano

Um dos espaços atendidos é o Centro de Ensino Especial 2, na Asa Sul, que funciona como exemplo para outras instituições

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília

O programa Agricultura Urbana, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), funciona há cerca de dez anos e tem como principal alvo as escolas públicas da capital.

O que é colhido na horta serve para a merenda dos alunos. O restante é vendido entre os docentes para ajudar a manter o trabalho no espaço.

O que é colhido na horta serve para a merenda dos alunos. O restante é vendido entre os docentes para ajudar a manter o trabalho no espaço. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

A área, que mistura brinquedos à natureza, ainda serve para desenvolvimento de trabalhos lúdicos dos alunos. “Com certeza isso ajuda no desenvolvimento deles e acalma”, avalia a professora Ana Cristina da Silva.

A horta do Centro de Ensino 2 ainda é visitada por alunos de outras escolas da rede, que passam o dia em atividades de educação ambiental. Além dos alimentos, Antônio ainda planta flores ornamentais. As sementes são compradas ou colhidas em viagens do professor.

Desde 2016, o lugar também serve de exemplo para outras instituições interessadas em começar trabalho semelhante. Professores e gestores inscritos em um curso do Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape) vão até a horta para conhecer a iniciativa e se inspirar.

[Olho texto='”É muito bonito esse trabalho de unir o sensorial à educação”‘ assinatura=”Gerson Rodrigues, servidor do Jardim de Infância do 6º Comaresquerda

Gerson Rodrigues, de 47 anos, da área administrativa do Jardim de Infância do 6º Comar, é encantado com o projeto. “É muito bonito esse trabalho de unir o sensorial à educação”, opina. Ele ajuda a implementar uma horta no local onde atua inspirado no formato que conheceu lá.

Parte da produção vai para merenda dos alunos

Na Escola Classe 410 de Samambaia, o que não é utilizado na merenda escolar é doado para que os alunos levem para casa. O espaço também recebe o auxílio técnico da Emater e desde 2010 investe em educação ambiental.

São cultivados itens como alface, cebolinha e coentro. Outros tipos de gêneros, como feijão e mandioca, são plantados em atividades específicas de cada disciplina, para ajudar pedagogicamente no ensino de histórias relacionadas aos alimentos.

Neste ano, a escola começará o plantio de mudas alimentícias não convencionais, como a ora-pro-nóbis. Rica em ferro, a planta também contém fibras e vitamina C.

Edição: Vannildo Mendes