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24/03/2018 às 16:27, atualizado em 24/03/2018 às 16:52
Cerca de 40 pessoas conheceram, neste sábado (24), a unidade de conservação que abriga nascentes de importantes bacias brasileiras
Participantes do 8º Fórum Mundial da Água puderam conhecer o Cerrado e aprender, em contato direto com a natureza, sobre as bacias que nascem no Distrito Federal.
Neste sábado (24), cerca de 40 pessoas participaram de visita técnica na Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina. O local é uma unidade de conservação que abriga duas nascentes de importantes bacias brasileiras, a Platina e a Amazônica.
Na semana do evento internacional, oficialmente encerrado na sexta-feira (23), o governo de Brasília organizou visitas técnicas a projetos de sustentabilidade feitos pela administração pública.
Iniciado com a saída às 8 horas de um ônibus da Vila Cidadã, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, para a estação, o passeio teve plantio de mudas típicas da região e trilha educativa com ensinamentos sobre o bioma. Os visitantes também conheceram a Lagoa Bonita, maior lagoa natural do DF.
O físico nuclear alemão Harry Jabs, de 58 anos, foi um dos participantes. Ele trabalha com pesquisas sobre a influência da água na composição de matérias. Ao saber da visita, se interessou em conhecer mais sobre o Cerrado.
“Eu pretendo voltar ao Brasil para poder contribuir com o meu conhecimento”, afirmou. Jabs apresentou no fórum a ideia de desenvolver um ar-condicionado que tivesse como base energia solar e amônia, o que reduz o custo.
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Com os filhos Lucas e Davi, de 9 e 8 anos respectivamente, o geógrafo e servidor público Roberto Borges, de 33 anos, aproveitou o passeio para conscientizá-los. “Acho importante eles conhecerem a estação.”
Borges esteve no fórum para representar a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), órgão em que trabalha. Durante a visita, as crianças puderam observar a fauna do Cerrado, como espécies de micos.
Visitas na estação não são muito comuns. A estação é uma área de proteção integral, com uso restrito para projetos de educação ambiental e de pesquisa científica.
Um dos responsáveis pelo evento deste sábado (24), o funcionário do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) Gesisleu Darc Jacinto contou que houve uma preparação para receber as visitas. “A quantidade máxima de pessoas foi definida pela organização do fórum e nós planejamos o cronograma”, explicou.
Escolas podem agendar visitas à Estação Ecológica de Águas Emendadasdireita
O objetivo da visita foi mostrar a importância da água e da conservação do parque para a bacia hidrográfica brasileira.
É possível agendar passeios escolares com finalidade de conscientização ambiental e solicitar acesso para desenvolver pesquisas no local. Para isso, é preciso entrar em contato com o Ibram, que administra o espaço.
A estação ecológica tem área de 10.547,23 hectares. O nome Águas Emendadas, dado pelos pioneiros exploradores, deriva do fato de lá estarem juntas nascentes que se espalham ao Norte e ao Sul.
A 8ª edição do Fórum Mundial da Água encerrou-se na sexta (23) com recorde de público superior a 100 mil participantes, oriundos de 172 países.
Criado em 1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos.
As discussões da edição brasiliense do fórum atraíram 12 chefes de Estado, 134 parlamentares e 70 ministros de 56 países. A cobertura foi feita por 1.968 profissionais de imprensa, sendo 150 estrangeiros.
O encontro internacional criou 8 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, nas atividades de conscientização, foram plantadas 10.333 mudas do Cerrado.
Em Brasília, foi organizado pelo Conselho Mundial da Água, pelo governo local — representado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa-DF) — e pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Agência Nacional de Águas (ANA).
O fórum ocorre a cada três anos e já passou por Daegu, Coreia do Sul (2015); Marselha, França (2012); Istambul, Turquia (2009); Cidade do México, México (2006); Kyoto, Japão (2003); Haia, Holanda (2000); e Marrakesh, no Marrocos (1997).
Edição: Amanda Martimon