05/04/2018 às 16:33, atualizado em 08/05/2018 às 16:51

Estudantes da rede pública conhecem Embaixada da Sérvia

Alunos do Centro Educacional Vargem Bonita, do Núcleo Bandeirante, visitaram a sede da representação diplomática do país europeu

Por Maryna Lacerda, da Agência Brasília

A simpatia do povo sérvio foi apresentada, nesta quinta-feira (5), aos estudantes do Centro Educacional Vargem Bonita, do Núcleo Bandeirante, por meio do Embaixadas de Portas Abertas.

Guiados pelo embaixador da Sérvia no Brasil, Veljko Lazic, e pela embaixatriz, Olga Lazic, os 30 alunos do 5º ano conheceram um pouco da cultura e das origens do país europeu. A colaboradora do governo de Brasília e idealizadora do programa, Márcia Rollemberg, também participou da visita.

O Embaixadas de Portas Abertas foi criado com o objetivo de favorecer o intercâmbio cultural dos estudantes da rede pública de ensino e fortalecer o processo de internacionalização de Brasília.

Na primeira etapa da atividade, Lazic explicou as origens da Sérvia, na Península Balcânica, e citou várias guerras pelas quais a capital, Belgrado, passou. Os anfitriões explicaram às crianças o processo da disputa pela independência em relação à antiga Iugoslávia, na década de 1990. O representante diplomático também contou sobre frutos-símbolo do País, como ameixa e framboesa.

Os estudantes puderam conhecer um pouco da história de personalidades sérvias, como o inventor Nikola Tesla, que descobriu as bases para a eletricidade.

Eles foram apresentados à trajetória de Mileva Maric, primeira esposa de Albert Einstein. Acredita-se que ela tenha sido responsável por várias das descobertas atribuídas ao cientista.

Com base nas curiosidades apresentadas pelo diplomata, as crianças responderam a um quiz sobre a cultura sérvia. A gastronomia típica foi degustada, por sua vez, por meio de pratos tradicionais, como a pita (torta com massa folhada e recheio de queijo).

[Olho texto='”Deu para ver que eles têm muito em comum com o Brasil. Nunca tinha ouvido falar do país e gostei”‘ assinatura=”Kairon Douglas Santos, de 10 anos, aluno do 5º anoesquerda

A espontaneidade com que os diplomatas receberam as crianças marcou Sarah Abrantes Santana, de 11 anos. “Eles são muito gentis, realmente abriram as portas da casa deles para a gente”, contou.

Na segunda parte da visita, as crianças jogaram queimada com o embaixador, na quadra de esportes da residência oficial, no Setor de Embaixadas Sul. A turma também recebeu um kit com livros e um mapa da Sérvia.

A apreço por esportes cultivado pelos sérvios chamou a atenção de Kairon Douglas Santos, de 10 anos. “Deu para ver que eles têm muito em comum com o Brasil. Nunca tinha ouvido falar do país e gostei.”

Relações diplomáticas entre Brasil e Sérvia são fortalecidas

A interação entre as duas nações tem se intensificado nos últimos anos, como destacou o embaixador Veljko Lazic. “Estamos tentando fazer a Sérvia mais visível no Brasil, e o Distrito Federal tem nos ajudado nisso”, disse.

Uma das iniciativas de aproximação foi a exposição sobre o escritor sérvio Ivo Andric no Palácio do Buriti, de 22 de fevereiro a 16 de março deste ano, como lembrou Márcia Rollemberg.

“O Buriti será sempre um espaço de integração. Lá, temos recebido as exposições dos países e tivemos a oportunidade conhecer a trajetória de um prêmio Nobel de Literatura.” Segundo ela, as experiências no âmbito do Embaixada de Portas Abertas são enriquecedoras. “Cada vez que a gente vem é muito gratificante”, defendeu.

O programa Embaixadas de Portas Abertas

O Embaixadas de Portas Abertas começou, como piloto, em 2015 e foi instituído oficialmente em 9 de agosto de 2017.

A iniciativa é uma parceria da Assessoria Internacional com a Secretaria de Educação e a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) — que leva os alunos às embaixadas.

As representações diplomáticas interessadas em participar podem enviar e-mail para assessoria.internacional@buriti.df.gov.br.

As atividades fazem parte do programa Criança Candanga, conjunto de políticas públicas voltadas para a infância e a adolescência em Brasília.

Edição: Marina Mercante