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18/04/2018 às 13:48, atualizado em 18/04/2018 às 14:07
Informação consta de boletim especial sobre trabalho doméstico divulgado nesta quarta-feira (18). O estudo analisa dados dos últimos três anos, com base na Pesquisa de Emprego e Desemprego
Nos últimos três anos, houve crescimento na porcentagem de trabalhadoras domésticas que são chefes de família na capital do País. O índice, que era de 36,2% em 2015, passou para 37,7% em 2016 e alcançou 42,5% em 2017.
Os dados são de um boletim especial sobre trabalho doméstico divulgado nesta quarta-feira (18). O estudo analisa dados dos últimos três anos, com base em informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) no Distrito Federal.
“Isso acaba demonstrando um pouco da realidade do mercado de trabalho, em que, como muitos dos chefes de família têm perdido seus empregos, as empregadas domésticas têm ocupado esse posto”, explicou o responsável pela apresentação do boletim, o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em Brasília Max Leno. Para ele, a crise econômica intensificou esse processo.
De acordo com o compilado, em 2017, os 86 mil empregados domésticos representavam 6,5% do total de ocupados (1,3 milhão). As mulheres eram quase metade do total (47,3%), mas correspondiam à quase totalidade dos serviços domésticos (94,9%). Em Salvador, por exemplo, que é outra capital pesquisada, o porcentual foi de 96,8%.
O estudo mostra ainda que houve queda na participação de empregadas domésticas mensalistas com carteira assinada — passando de 51,7% em 2016 para 50,3% no último ano — e daquelas sem carteira assinada — de 15,2% em 2016 para 14,4% em 2017. As diaristas representavam 35,3% do total em 2017, contra 33,1% em 2016.
Segundo a pesquisa, 32,7% das mulheres empregadas domésticas tinham o ensino médio completo e superior incompleto; em 2016, esse porcentual era de 30,2%.
Já no que diz respeito ao ensino fundamental completo e médio incompleto, houve queda, passando de 23% em 2016 para 22,2% em 2017.
Aquelas com ensino fundamental incompleto representavam 41,1% em 2016 e 40,8% no último ano.
O rendimento médio real por hora das trabalhadoras com carteira de trabalho assinada passou de R$ 6,79 em 2016 para R$ 6,91 em 2017. Já no caso das diaristas houve queda no mesmo período (de R$ 9,59 para R$ 9,26).
A jornada média de trabalho semanal permaneceu em 42 horas para as com carteira assinada entre 2015 e 2017. Já no caso das sem carteira, passou de 93 em 2016, para 38 em 2017, e das diaristas, de 27 em 2017 para 25 no último ano.
Veja a íntegra do boletim especial sobre emprego doméstico no DF.